Crónica de uma manhã em que acordei por engano
Efeitos do feriado do 25 de Abril ter sido a meio da semana; sábado, acordo às sete da manhã, tomo banho, faço – ou desfaço, depende da perspectiva – a barba e saio de casa para ir trabalhar. Só dou pela coisa quando já estou na rua. Tarde demais! Já estou no ponto de não retorno. A cama já é passado e o trabalho é num futuro para o qual ainda faltam dois dias.
Passo pela “loja das revistas” na Av. Todi e compro o Público, o Expresso, a Wallpaper, a Atlântico e mais a Ideas Tatto, revista especializada em tatuagens, tema que me fascina. Um avio e peras!
Abanco numa das esplanadas do Largo da Ribeira Velha, ainda “às moscas” pela hora do dia, do dia de fim-de-semana. Já lá estão os mesmos 7 / 8 “velhotes” de sempre, de todos os sábados, de todos os dias. Ocupam todas as mesas e cadeiras disponíveis, e por ali ficam toda a manhã, com um ou dois cafés em cima da mesa e outros que se lixem…
Desta vez consegui passar-lhes a perna. Tenho uma mesa só para mim!
Um está a ler o Correio da Manhã. Chega outro e diz «passa aí o suplemento...», coisa de um ou dois minutos passados o que tinha pedido o suplemento avança «sabes porque é que gosto deste jornal?..» o outro, levanta os olhos da leitura e fica à espera da resposta… «o papel é bom… mesmo bom!».