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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Abaixo de cão

por josé simões, em 18.04.08

 

 

“Abaixo de cão” foi este o termo usado por Marcelo Rebelo de Sousa para classificar o ataque do PSD à jornalista Fernanda Câncio, e que, conseguiu o pleno das criticas à liderança de Luís Filipe Menezes; jornalistas e respectivo sindicato incluído.
 
Hoje, a propósito da estreia de António Costa como comentador do programa A Quadratura do Círculo, lê-se no Diário de Notícias em artigo assinado por João Pedro Henriques (negrito meu):
 
“Um erro e uma omissão. Assim se estreou ontem António Costa (…) a omissão: discutia-se o acordo sobre a avaliação dos professores recentemente celebrado entre a Plataforma Sindical e o Governo. Todos os participantes o celebraram como positivo. Mas ninguém – por esquecimento ou talvez não – fez questão de recordar a Costa que a sua própria mulher tinha participado na "marcha da indignação" que em 8 de Março reuniu em Lisboa mais de cem mil professores contra o Governo.
 
Apraz-me dizer o seguinte: e se a mulher de António Costa fosse jornalista? O Sindicato dos Jornalistas vai tomar posição sobre o que escreve João Pedro Henriques, à semelhança do que fez sobre as barbaridades proferidas por Rui Gomes da Silva em relação a Fernanda Câncio? E irrelevante (para o sindicato e para o jornalista) a presumível relação da jornalista com o primeiro-ministro; mas a relação do presidente da Câmara de Lisboa com a sua esposa já nem por isso?
 
Era bom que estas coisas fossem de vez esclarecidas. Para não ficarmos todos com a ideia de “A Corporação no seu melhor!”.
 
(Foto de Madjid Aoudia)
 
 

Era disto que Marinho Pinto falava?

por josé simões, em 03.04.08

 

Ao dar de caras com a notícia que Jorge Coelho vai assumir a “presidência executiva do maior grupo de construção civil de Portugal, o grupo Mota-Engil”, não consigo evitar recordar-me do programa A Quadratura do Círculo.
Das palavras de Jorge Coelho, de cada vez que se falava de quem quer que fosse; desde a personalidade mais mediática do país, ao anónimo sem-abrigo: “Fulano de tal é uma pessoa que eu conheço; Sicrano é uma pessoa de quem aliás sou amigo; de Beltrano tenho como pessoa íntegra; e a quem aliás aproveito para saudar e enviar um forte abraço”.
 
(Foto roubada ao Daily Telegraph)
 
 

Dão-se alvíssaras!

por josé simões, em 22.02.08

 

A quem indicar uma única (não é pedir muito!) emissão do programa A Quadratura do Círculo em que, quando se fala deste, daquele, ou daqueloutro, Jorge Coelho não tenha começado a sua intervenção com “Eu conheço bem o fulano; ou o beltrano; ou o sicrano; de quem sou um bom amigo, e desde já aproveito para lhe enviar um forte abraço”; ou “e desde já aproveito para o cumprimentar”; ou ainda “tenho-o como pessoa integra”.
 
Mas não. Foi preciso a trapalhada do Casino Lisboa, para a comunicação social descobrir que o Coelhone é amigo de toda a gente…
 
Era disto que Marinho Pinto falava?
 
(Foto via Chicago Tribune)