Reservoir Dogs
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Que não devemos alimentar radicalismos de minorias disse "o Moedinhas a funcionar" no paleio do 5 de Outubro, data que celebra a iniciativa de uns quantos radicais que mataram o rei e implantaram a República, depois de anunciar que a câmara de Lisboa vai comemorar o 25 de Novembro, o secretário de Estado do Governo que acabou com o... 5 de Outubro e o 1.º de Dezembro. Todas as datas contam, sublinhou. A manha da direita manhosa coadjuvada pela esquerda que lhe abre as pernas.
[Imagem de autor desconhecido]
O país do ditado "de manhã é que se começa o dia" mas onde o chefe chega ao trabalho depois das 10 da manhã, a mesma hora em que o médico chega à consulta externa do hospital marcada para as 8 e onde comemorações como o 5 de Outubro ou o 25 de Abril começam entre as 11 ao meio dia. E ficaram todos muito ofendidos por o Belmiro de Azevedo dizer que punha os pés na comissão parlamentar se fosse às oito, da manhã, não fosse a chico-espertice interpretar 8 da noite, que só são 20 quando convém.
[Imagem Mário Cruz/ Lusa]
Bonito, bonito não são as pirâmides do Egipto, que substituem os ditos cujos e o pito na versão educada. Bonito, bonito é ouvir Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, no 5 de Outubro a fazer um discurso encomendado por António Costa. "There Is No Alternative".
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No dia em que se comemora a revolução que instituiu a República e consagrou, oficialmente, a separação de poderes entre Estado e Religião, o Presidente do Estado laico requer à Assembleia da República autorização para uma deslocação ao Vaticano para um beija-mão papal. Muito bem.
[Via]
Cinco anos depois de Cavaco Silva e do Governo da direita radical, com o 5 de Outubro novamente feriado nacional e a ser comemorado na rua, literalmente na rua, na calçada não na varanda nem nos claustros à porta fechada, com recados de Marcelo Rebelo de Sousa, compactados num discurso de 7 minutos e 43 segundos, para o seu antecessor e camarada de partido e para os seus camaradas de partido e ilhas adjacentes CDS, ex ministros e secretários de Estado e ex ministros não empossados, Asnô e Borges e outros com milhões em comissões de privatizações, a bem da Nação, instados a comentar os recados do Presidente, quando já se começava a recolher as cadeiras na Praça do Município, os representantes do PSD e do CDS bateram muitas palmas e estão de acordo com os ditos que o senhor Presidente deixou ao Governo do PS e à maioria da Geringonça. Estes gajos ou se metem na droga ou gozam connosco...
[Imagem de autor desconhecido]
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Quem é que está genuinamente incomodado por Cavaco Silva, não o Presidente da República, que Cavaco Silva é uma coisa e Presidente da República outra coisa completamente diferente, não estar presente na comemoração do 5 de Outubro?
Quem é que ainda se recorda dos últimos nove anos de participações e de homilias de Cavaco Silva no 5 de Outubro?
[Imagem de autor desconhecido]
E Cavaco Silva até está prenhe de razão quando na homilia do 5 de Outubro disse "ah e tal os políticos são mal pagos" porque se os políticos fossem bem pagos os melhores até vinham para a política e além do Pires de Lima e do Paulo Macedo que são do melhorio que há ainda vinham o Belmiro de Azevedo o João Duque o Alexandre Soares dos Santos o César das Neves o Zeinal Bava o Medina Carreira e o Horta Osório que é tão bom tão bom tão bom que até anda a despedir bifes a eito lá no Loyds em Inglaterra enquanto recebe uma pipa de massa do contribuinte inglês que não recebia se estivesse na política portuguesa. E depois disto ideologias à parte fica já aqui escrito e sublinhado que é por causa das moscas um gajo vê que o PCP tem os melhores do PCP na política a ganharem o que os bons políticos não querem ganhar e por isso não vêm para a política e que os melhores do PCP no final do mês ainda entregam o remanescente do ordenado de miséria ao partido. Se calhar é por causa daquela coisa da cousa pública e do bem comum que só se usa nos livros do Rei Artur e do Lancelote e nem sequer se fala disso nas aulas da disciplina de Educação Cívica. Ou se calhar sou eu que ouvi muitas histórias do avô Augusto e do amor à camisola e de andar a construir o estádio do Bonfim depois de sair do trabalho e antes de jogar no domingo contra o Barreirense e irem todos de comboio com o bilhete pago do próprio bolso.
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É um Governo, uma maioria, um presidente da Assembleia da República, um Tribunal Constitucional, um Tribunal de Contas, um Governador do Banco de Portugal, um Procuradora-geral da República, uma central sindical, uma oposição, tudo patrocionado por um Presidente da República sonso, conivente com os atentados à Constituição da República e ao Estado de Direito e cúmplice da destruição do Estado social.
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Descontando a parte do "cidadãos de primeira e de segunda" e do "ninguém está acima da lei" [não sei se com éle maiúsculo se com éle minúsculo], referente à Sociedade Lusa de Negócios, ao BPN, ao PSD, e a mais de metade dos ministro e secretários de Estado dos governos do primeiro-ministro Cavaco Silva [incluído] e alguns do actual Governo, gostei especialmente do "regimes autoritários como aquele a que pusemos termo em Abril de 1974" da boca de quem, não se limitando a passar ao lado de todas as lutas académicas e não esboçando um mínimo gesto de protesto ou resistência ao regime [estava no seu direito], ainda alertou a polícia política do fascismo para aspectos da vida privada dos sogros e que, já primeiro-ministro, atribuiu pensões vitalícias a agentes da PIDE enquanto as recusava a Salgueiro Maia, herói do 25 de Abril.
Também falou qualquer coisa sobre escola e educação, porque tinha de falar de qualquer coisa que não plantações de tomates em Elvas no "Dia da Raça", e o tema "trutas no Tejo", apesar de ali ao lado, mesmo que esforçado era fora de contexto. Podia ter falado de formação moral e cívica e de espinha dorsal mas isso, além de não dar jeito, caía mal nos mercados externos e no mercado interno de Cavaco Silva.
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Viva A República!
Os novos castelhanos andam aí, é a V Dinastia ou a Dinastia dos Mercados. A igreja regressou em força mascarada de IPSS. Dia da Restauração da Independência e dia da implantação da República. Há mais povo que Miguéis de Vasconcelos.