"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Ia uma fulana, alegremente ao volante do seu carro, a ouvir música do rádio em altos berros quando, subitamente, vê a transmissão interrompida pela informação de trânsito "Senhores automobilistas interrompemos a emissão para informar de que neste momento circula um veículo em contramão na A1" e pensou para com os seus botões "Vai um em contramão?! Vão todos!!!".
Que os filhos dos estivadores, como os pais, estivadores venham a ser, não me preocupa por aí além, além de fazer parte da agenda oculta do actual Governo, miséria para as classes mais baixas e empobrecimento generalizado da classe média, dificultar o acesso à educação e à formação superior e universitária, de tal forma que o filho do pedreiro, pedreiro seja, o filho do electricista, electricista seja, o filho do operário, operário seja, e por aí. O que me preocupa, e muito, é o número de deputados, sem qualidades que se vejam e méritos que se lhes conheçam, que enxameiam as bancadas parlamentares de suporte ao actual Governo, aparentemente apenas porque o papá ou a mamã também foram deputados pelo mesmo partido, ou porque fazem parte do núcleo da elite partidária a que se convencionou chamar de barões, e isso diz muito da qualidade da nossa Democracia.
Depois de ter inocentado, primeiro Duarte Lima e depois Miguel Relvas, vai escrever, também com banda sonora dos The Who, o guião da série CSI São Caetano à Lapa.
[Sugiro Pinball Wizard, da ópera rock Tommy, o mestre do flipper, cego, surdo e mudo depois de ter visto o pai matar o amante da mãe. Uma alegoria e peras!].
Faz em Agosto 43 anos que Richard Nixon visitou a Roménia de Nicolae Ceausescu. O Nacional Comunismo. «Ele pode ser um comuna, mas é o nosso comuna». E o mundo não mudou. Antes pelo contrário. Que o digam os romenos com um ditador legitimado pela the land of the free and the home of the brave.
Ao balcão do café: "não fosse a tareia que a rapariga deu no jotinha e ninguém se lembrava de que para ser deputado não é preciso ter carro próprio nem sequer carta de condução".
Rodrigo Moita de Deus: “Podemos ser donos das empresas, sabiam?” Misturando o poder comprar dúzia e meia de acções do Pingo Doce com ser dono da empresa [deve ter ouvido, em pequenino, o pai falar do capitalismo popular da Torralta].
Vi ontem pela primeira vez aquela coisa que dá pelo nome de Combate de Blogs. Vi ontem pela última vez aquela coisa que dá pelo nome de Combate de Blogs. Mais vale cagar um pé todo até ao joelho.
O sucesso duma "acção de guerrilha" mede-se pela agitação e destabilização que provoca no dia-a-dia das populações e pelo seu impacto mediático. Acontece que a bandeira foi hasteada «pouco depois da meia-noite» e arreada do mastro «quase às 13h00» sem que pelo meio alguém ligasse pevide à coisa, não fora o 31 começar a stressar por ver que aquilo ia dar em nada e concertar o mediatismo da acção com a alma gémea “i”. Um flop que ainda assim não dá para perceber se os lisboetas e/ou os portugueses quando andam na rua não o fazem de cabeça levantada a olhar para os paus das bandeiras, se desconhecem os símbolos pátrios, ou se vivem em paz de espírito com o seu passado.
Adenda: Fiquei sem perceber quem ganhou mais com o negócio: se o Sitemeter do 31, ou o ionline, até o Público entrar em acção e arrebanhar os blogues todos via Twingly…