"Uma seca!"
Por graças a Deus ser agnóstico, não partilho destas apreensões. Eu que já li a Bíblia. Eu que por ser coleccionador do Livro, Bíblias é o que não falta cá em casa; das mais variadas confissões, datas e edições. Muito mais barato que comprar o Expresso: um euro, vá lá dois, na Feira da Ladra.
“O meu problema”; “o problema” dum agnóstico é, o de ler a Bíblia como quem lê a História de Portugal do José Mattoso. Vale o que vale do ponto de vista histórico. E, agnósticamente (não sei se existe o termo) falando, é menos grave do que ter, por exemplo, Os Lusíadas, A Casa Grande de Romarigães, a Mensagem – e por aqui me fico – em casa e não os ler (aqueles que os têm). É um problema de hábitos de leitura. E para quem não os tem é “uma seca!”.
Do ponto de vista do Divino, e já que outra das preocupações é «ensinar as pessoas a rezar a partir das Sagradas Escrituras. As Sagradas Escrituras não como interesse intelectual, mas com as pessoas a aprenderem a rezar a partir da palavra de Deus"», e em época de ecumenismo e encontro de religiões, porque não recorrer ao exemplo do Islão? Uma versão católica-apostólica-romana Rádio Fátima on-line e on the air; porque não?
(Foto fanada (que Deus me perdoe!) no El País)