Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Faz de conta que nascemos todos ontem

por josé simões, em 14.05.24

 

Woman-bathing-a-baby-1948-Science & Society Pictur

 

 

Descontando a parte do tiro de partida para a campanha eleitoral dado hoje por Luís Montenegro, "o Governo decidiu hoje a localização e denominação do novo aeroporto de Lisboa, a determinação de um plano de obras para o aeroporto Humberto Delgado, e a conclusão dos estudos para a construção de uma terceira travessia do Tejo e a ligação ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Madrid. Estas decisões a que se juntam a descida do IRS, estas decisões a que se juntam a descida do IRS, o início das negociações com os professores e os profissionais das áreas da segurança, da justiça e da saúde, o aumento do complemento solidário e a comparticipação a 100% de medicamentos para idosos, pensionistas e reformados mais pobres, a nova estratégia para a habitação em Portugal [...] são apenas o resultado de 32 dias de trabalho governativo", o que resta é a direita que andou anos a malhar em José Sócrates por causa das opções de investimento público e de obras públicas, uma vez alçada ao poder a primeira coisa que faz é recuperar todos os projectos do governo de José Sócrates. Agora Luís Montenegro, Miguel Pinto Luz, Paulo Núncio, Nuno Melo, e outros que tais, que passam a vida a batalhar por uma "imigração controlada", vão exigir certificado de habilitações aos brasileiros, cabo-verdianos, e outros miseráveis vindos de fora, necessários para a construção do aeroporto, da nova ponte sobre o Tejo e do TGV, e ainda lhes vão arranjar alojamento enquanto cá estiverem e maneira de os pôr a andar assim acaba a empreitada.

 

[Imagem]

 

 

 

 

|| Stand-up comedy

por josé simões, em 28.06.09

 

 

 

«(… ) a 3ª ponte sobre o Tejo custa um vírgula cinco mil milhões de euros, daria para construir 30 pontes no Porto e os cidadãos que estão ali na Ponte da Arrábida e na Ponte do Freixo de manhã em filas intermináveis deviam um dia destes rebelar-se e considerar que é uma absoluta injustiça que se possa falar e depois não exista 5 milhões de euros que é quanto custa uma ponte no Porto para dar qualidade d vida e pôr a economia a funcionar»

 

Uma vez que o registo é o de stand-up comedy, os cidadãos do concelho do Barreiro que têm de fazer todos os dias 30 quilómetros para chegar até à filas intermináveis na Ponte 25 de Abril, como forma de ultrapassar os cerca de 7 quilómetros de Tejo que os separa de Lisboa, «deviam um dia destes rebelar-se e considerar que é uma absoluta injustiça que se possa falar em fazer investimentos fáceis de um vírgula cinco mil milhões de euros» que é quanto custa construir 30 pontes para galgar os cerca de 300 metros que separam Gaia do Porto.

 

Adenda: Palhaço, adj. (do it. Pagliaccio). || Cómico, burlesco. S. m. Artista de circo, que diverte o público com habilidades, anedotas, etc. || Pessoa que por actos ou palavras faz rir os outros, falando-se especialmente de quem tem a pretensão de ser engraçado.

Palhaçada, s. f. Acção, dito ou gesto de palhaço. || Cena cómica, burlesca.

 

In Grande Dicionário da Língua Portuguesa, coordenação de José Pedro Machado, Círculo de Leitores, Lisboa 1991.