"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Juntem o cravo branco do CDS ao cravo preto do Chega e temos o Portugal que que eles gostariam de comemorar: o Portugal a preto e branco de 24 de Abril.
[Na imagem, com link, Paula Celeste Caeiro, a mulher que "inventou" o cravo vermelho na revolução]
A Ilusão Liberal, que tem um ex-líder no Twitter a afirmar que "o país evoluiu apesar e não por causa do 25 de Abril" e que antes tinha escrito num blogue que "é falso que sem o processo revolucionário iniciado com o 25 de Abril esses valores [liberdade e democracia] não tivessem prevalecido de qualquer forma", a famosa teoria da "evolução na continuidade" Marcelista, invocada por todos os saudosos da ditadura, apresenta Fernando Figueiredo como candidato à Câmara Municipal de Viseu que, no Facebook, classifica as mulheres que se fazem ouvir como "feministas, histéricas e mal fodidas" e Bernardete Santos à Assembleia Municipal da mesma cidade, que, também na mesma rede, lamenta "tanta crítica, tanta crítica, tanta crítica, mas o homem [Salazar] tinha razão", depois de ter aplaudido a sua eleição como "O Melhor Português de Sempre.
Os donos da democracia queixam-se de que os "donos da liberdade" não os deixam descer a Avenida. Esqueceram-se de lhes dizer que a descida não é no dia 24.
A Ilusão Liberal lançou um isco a Vasco Lourenço e ele mordeu, caiu que nem um patinho, como diz o povo. Logo de seguida veio o habitual chorrilho de alarvidades e baboseiras dos donos da democracia contra os "donos da liberdade", já estavam escritos e preparados, foi só carregar na tecla play. Siga que para o ano há mais.