"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
«Exemplo 1: O governo do Uruguai emite leis antitabagistas mais rigorosas. Com base na cláusula do acordo que protege os investimentos, a empresa Philip Morris está a processar o Estado, devido aos lucros que perde. O valor em causa atinge 14% do PIB do Uruguai.
Exemplo 2: Devido a preocupações ambientais, a província canadiana Quebec decide não autorizar o fracking. A empresa americana Lone Pine processa o Estado canadiano em 250 milhões de dólares, devido à quebra de lucros esperados, com base no NAFTA de 1994 (acordo de livre comércio entre o México, o EUA e o Canadá).
Exemplo 3: A Alemanha decide abandonar a energia nuclear. O grupo Vattenfall processa o Estado em 3,5 mil milhões de euros (para comparação: a cidade de Lübeck não tem dinheiro para consertar os telhados das suas escolas primárias), com base na "Carta Energética Europeia".»
«Um judeu é aquele cujos pais, por qualquer dos lados, são nacionalmente judeus. Qualquer pessoa que tenha um marido ou mulher judeus é, doravante judeu»
Alfred Rosenberg, 1920
Uma vez judeu, sempre judeu. O pai de uma vítima que renuncie à religião judaica continua a ser judeu. A religião da vítima é irrelevante. Uma pessoa é definida como judeu não pelas suas crenças ou actos, mas pelos seus pais. A definição torna alguém responsável pelos actos de uma outra pessoa.
«Uma pessoa deverá ser considerada não ariana desde que seja descendente de não arianos, em especial dos pais ou avós judeus. Isto será válido mesmo que apenas um pai ou um avô seja de descendência não ariana. Este pressuposto aplica-se especialmente se um dos pais ou dos avós professava fé judaica […] Caso a ascendência ariana seja duvidosa, deverá obter-se uma opinião do perito em investigação racial nomeado pelo ministro do Interior do Reich»
Primeiro Regulamento para Aplicação da Lei da Reestruturação da Função Pública Profissional, 11 de Abril de 1933.
A partir daqui é construído o labirinto kafkiano que era o código administrativo e o código penal do III Reich. Tudo legal e conforme a Lei, desde os despedimentos, à proibição de exercer determinadas profissões (no princípio, e por fim todas), aos casamentos, às heranças, ao direito à saúde e à educação, e que não cabe num post dum blogue, mas que é desmontado e explicado em linguagem acessível ao cidadão comum por Richard Lawrence Miller em “Justiça Nazi, a lei do holocausto”, Notícias Editorial. O resto é a história recente da Europa.