"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Pelo menos até à data da impressão do poster que ilustra o post, 1981, a religião era o ópio do povo. Dez anos depois, 1991, a pátria do socialismo desmoronou-se e as coisas ficam um bocado ao "deus-dará", sem ironia, até ao ano de 2006 onde temos um partido comunista a estabelecer relações diplomáticas com uma organização terrorista fundamentalista islâmica, dos inteligentes com trapos enrolados na cabeça, como no poster, um Estado dentro do Estado, com exército próprio, responsável pelo assassinato de um primeiro-ministro do próprio país, um ano antes da embaixada a Beirute. Tudo por causa da "luta contra o imperialismo" 'amaricano', contra o sionismo, e o caralho. Nada mal para quem anda sempre com a boca cheia de constituição, do respeito pela legalidade, pelas instituições e e pelo Estado democrático.
Não merece mais que um parágrafo de tão fácil que é de desmontar: e o direito à diferença, à livre associação, à Democracia parlamentar multipartidária, "está decidido à partida «pelo chefe»" ou foi objecto de uma "ampla participação e discussão colectivas" e vai finalmente agora a votos, numa consulta livre e democrática?
By the way, como «o Partido Comunista não concorre às eleições» não há necessidade de concorrerem outros partidos, de outras cores e de outras correntes ideológicas. Estranho conceito de Democracia…