"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
O nível de alucinação é de tal ordem entre os minons, do partido que não é putinista, de serviço às redes que atingimos o ponto em que a presença da Europa em África é neo-colonialismo e exploração das riquezas naturais mas o avanço da Rússia é ajuda ao desenvolvimento e libertação das grilhetas imperialistas.
Diz que o Ocidente, ler "os brancos da Europa e os amaricanos brancos", têm culpas no cartório pela rápida-propagação-rápida do ébola em África por causa do racismo na forma de indiferença. "Os brancos da Europa e os amaricanos brancos" são culpados sim mas por décadas de cumplicidade, no pós-descolonização a pactuar e compactuar, ler "realpolitik" e "investimento" e "criação de riqueza", com regimes corruptos e cleptocracias que sugam o seu próprio povo até à medula, nos intervalos das guerras fratricidas para decidir quem é que realmente ganhou as eleições nas urnas, e que faz com que, por exemplo, países como a Libéria ou a Serra Leoa não tenham sequer luvas cirúrgicas para uso dos médicos, enfermeiros e auxiliares porque não há dinheiro. Bago a bago enchem os Obiangues o papo, antes de se sentarem à mesa dos PALOP’s que estiverem mais à mão. Está bem, a gente ajuda mais uma vez que aqui ninguém quer ficar com complexos de culpa nem deixar de se posicionar para negócios futuros.
«The colossal monument’s Soviet-influenced, Socialist realism style makes sense when you consider that it was built by Mansudae Overseas Projects, a division of North Korea’s government-run propaganda art factory.
Founded in 1959, Mansudae Art Studio employs around 4,000 North Koreans at its Pyongyang headquarters, 1,000 of which are artists handpicked from rigorous national institutions like Pyongyang University. These artists spend their days producing beautifully detailed propaganda, such as portraits of rosy-cheeked farm maidens, paintings of North Korea’s glorious countryside, and One Can Always Lose, a series of 10 paintings depicting North Korea’s 1-0 win over Italy during round one of the 1966 World Cup. All public images of Kim Jong-un, Kim Jong-il, and Kim Il-sung, including the enormous statues in Pyongyang, are the work of Mansudae artists.»
O que Christine Lagarde quis dizer foi que África é o último refúgio – e a última bóia de salvação – à face da planeta Terra para o capitalismo das marcas, global e desregulado, da mais-valia absoluta e relativa, da ausência de direitos, liberdades e garantias, e de preocupações e protecções ambientais, e que é necessário apostar e investir numa estabilização política e social, ainda que mínima, do continente, ou está tudo perdido. Não se façam de desentendidos.
Foi uma (das) coisa(s) que me ficou de “outras lutas”, e hoje quando cumpria o ritual anual de comprar outros (sim, porque para quem anda sempre com os mesmos calçados, se bem que de várias cores, um ano é o tempo de vida limite) tive uma agradável surpresa:
«This canvas was made in Africa. It helps people. When you purchase this shoe a portion of the money goes to help fight aids in Africa»
Não sei se a Mário Soares começou a pesar 30 anos de acusações vindas da Direita de ter sido o responsável por todos os males e tragédias da descolonização, mas logo Cabo Verde a única ex-colónia portuguesa em que a independência foi decidida pela via eleitoral? Se quisesse ser muito deselegante diria que a idade não perdoa…
7 de Dezembro de 2009, 01:30 TMG: em 156 países cidadãos juntaram-se para cantar, exactamente ao mesmo tempo, numa chamada de atenção para o problema da SIDA em África: