Rui Rio, o idiota útil?
por josé simões, em 31.07.20
Quando a seguir à revolução de Abril os fascistas andavam envergonhados e escondidos houve alguém que lhes deu a mão para o desconfinamento que lhes permitiu vestir o fato do da "responsabilidade e sentido de Estado" que durou até ao último governo com Paulo Portas em vice-primeiro-ministro, mas isso são contas de outro rosário, apesar do outro rosário ser consequência de ainda outro rosário e ter repercussões neste rosário, que agora se começa a contar, que em História nada acontece por acaso nem por geração espontânea.
O raciocínio de Rui Rio, ao admitir conversar com o Chaga [não é gralha] se este evoluir para a tal "responsabilidade e sentido de Estado", é o mesmo raciocínio de Mário Soares em 1978 - encostar a esquerda, só que agora com e para com um [ex?] camarada de partido, um dos méritos do pantomineiro do pin, também conhecido como Pedro Passos Coelho, fazer com que os fascistas perdessem a vergonha. É melhor assim, sabemos todos ao que vamos, sabemos todos ao que vêm.
É que o Chaga [não é gralha] ter 7% nas intenções de voto em sondagem, ou ter 7% dos votos expressos em urna no dia das eleições, não é problema nenhum para a democracia, são apenas os descontentes do CDS, do PSD e algum voto de protesto que antes estava no PCP. O problema é se lhe dão a mão. E Rui Rio, que parece não perceber nada de História, está prontinho a desempenhar o papel de idiota útil. Ou talvez não, apenas a direita que está mortinha pelo autoritarismo e pela agenda securitária mas que não tem coragem de o dizer em público e recorre ao álibi da cedência ao parceiro em governo de coligação.
Voltando outra vez à História, todos sabemos como isto começa e todos sabemos como isto acaba. Todos excepto Rui Rio.
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