Parar para pensar
A razão, as razões, para que o Bloco de Esquerda, nascido em 1999, já com 22 anos disto mas herdeiro dos grupelhos e partidos esquerdistas que no pós revolução, e até aos 80s, tinham forte implantação nas comissões de moradores, comissões de bairro, colectividades, sindicatos, ligação directa ao povo anónimo, às bases, como sói dizer-se, não ter expressão autárquica, e a pouca que tinha ter-se esfumado - menos dois terços dos seus 12 vereadores, o vereador mantido em Lisboa e o vereador ganho no Porto não disfarça o ter ficado 70 mil votos atrás e cinco vezes menos vereadores que o Chega, o partido do ódio, do ódio religioso, do ódio ao estrangeiro, do ódio à diferença sexual, do ódio à diferença política, do ódio a tudo, albergue de fascistas e neo-nazis, fundado há dois anos, e que levou a votos listas integradas por personagens pobres de espírito, que não conseguem articular uma ideia nem pronunciar uma oração com sujeito e predicado, e gente que habitualmente víamos nos filmes passados em hospícios e asilos para doentes mentais.