||| Os amigos são para as ocasiões
Eu, no lugar de António Costa, [também] ia, [também] já tinha ido, visitar José Sócrates à prisão, e tornava a ir as vezes que muito bem entendesse.
À chegada dizia à bataria [*] de jornalistas posicionada à porta que serviço é serviço e cognac é cognac e que tinha muito orgulho de ter pertencido a um Governo que deixou marcas importantes na sociedade, como a aposta na educação e na requalificação do parque escolar, a aposta na educação e qualificação de adultos, a aposta nas energias renováveis, o Complemento Solidário para Idosos, a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez, a Educação Sexual nas escolas, os apoios à procriação medicamente assistida, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a refinaria da Galp, a aposta e os incentivos às exportações, a aposta nas novas tecnologias, a promoção de Portugal como destino turístico de excelência, e que não eram umas alegadas suspeitas de corrupção e de branqueamento de capitais que iam apagar isso do mapa e que, mesmo que as suspeitas se venham a dar como provadas, também não é isso que vai apagar esses marcos da governação do mapa.
À saída, quando a bataria [*] de jornalistas voltasse à carga, entrava no carro, abria o vidro, ligava o som e arrancava ao som da Dionne Warwick, do Elton John, da Gladys Knight e do Stevie Wonder em That's What Friends Are For.
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