O sonso
Marcelo, que conseguiu a proeza de ficar "curado" a tempo de sair do hospital mesmo mesmo mesmo mesmo mesmo na hora da abertura dos telejornais para nos presentear com mais de 20 minutos de conversa da treta em modo pantomineiro enquanto respondia a perguntas imbecis colocadas por palermas com carteira de jornalista, ainda arranjou espaço para elogiar a rapidez e prontidão do Serviço Nacional de Saúde, em dia de greve e com serviços mínimos, como se o Marcelo Presidente fosse alvo do mesmo tratamento do Marcelo da esquina, como se o Marcelo Presidente arriscasse morrer à espera da ambulância, como se quem chamou o INEM tivesse de responder a um inquérito telefónico que inclui saber a freguesia onde o pré defunto teve o episódio antes do envio do meio de socorro, como se o Marcelo Presidente não levasse batedores da polícia a abrir caminho, como se alguém com um episódio não vá primeiro para um hospital central e só depois para o hospital da especialidade, como se na chegada ao hospital os serviços já não estivessem em modo serviços máximos. Mas como o povo gosta é de circo e de sonsice e de jornalismo parvo tipo Joana Latino, siga.
[Imagem de autor desconhecido]