O ressabiado-mor da nação
Marcelo, que na primeira oportunidade que lhe surgiu dissolveu o Parlamento com a desculpa esfarrapada do chumbo do Orçamento do Estado; Marcelo, que conspirou activamente para substituir Rio por Rangel na liderança do PSD; Marcelo, que contra a opinião de todos os partidos com assento parlamentar atrasou ao máximo que lhe foi possível as legislativas para dar margem à liderança laranja saída das directas que, para mal dos seus pecados, calhou a Rui Rio, é o Marcelo que aproveita o anunciado, com mais de um mês de antecedência, discurso da tomada de posse do Governo, bocejante, entediante, sem fio de jogo qual futebol da Selecção Nacional de Fernando Santos, para extrapolar a importância europeia de António Costa e ameaçar com a bomba atómica da dissolução parlamentar caso o primeiro-ministro tenha a veleidade de sonhar com um lugar na nomenclatura europeia. Marcelo o ressabiado-mor da Nação caído de beiços nas mãos de uma maioria absoluta parlamentar.
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