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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

“O presidente do futuro é o presidente-adepto. Sou eu”

por josé simões, em 15.05.18

 

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O presidente-adepto faz a "jota" do futebol nas claques que aplaudem quando o clube ganha e que saem de casa a altas horas da madrugada, faça chuva ou faça frio, para estarem no aeroporto e na porta do estádio a apupar jogadores e apedrejar carros e o autocarro do clube.

O presidente-adepto toma como primeira medida municiar-se de um jornalista-mercenário, bem colocado no meio da comunicação social e com uma boa agenda de contactos, como ministro da propaganda para as redes sociais e para os media.

O presidente-adepto, como todos os irracionais de bancada, acha que o clube tem de ganhar sempre tudo, em todas as modalidades, em todas as provas e competições em que está envolvido.

O presidente-adepto quando a realidade não se ajusta à sua visão fanático-clubista, como todos os bons irracionais de bancada, direcciona a sua raiva e frustração, de forma primária como primário é o seu raciocínio, para os jogadores e equipa técnica.

O presidente-adepto açula os antigos camaradas de armas, os hooligans da claque, como forma de pressão sobre os jogadores e equipa técnica, no pressuposto, básico, de que se sentirem pressionados e com o olho do cu apertado desatam a jogar como foras-de-série e a ganhar jogos desalmadamente.

O presidente-adepto não sabe que o futebol é uma industria que move milhões e que dá emprego, directo e indirecto, a profissionais que honram a entidade empregadora e o salário que recebem no final do mês, e que o tempo do amor à camisola foi no tempo dos pais do presidente-adepto.

O presidente-adepto não sabe, nem quer saber, que depois de toda esta envolvência as marcas e os patrocínios abandonam o clube e as receitas da publicidade e televisões vão pelo cano e que a quotização a pagar as despesas do clube foi coisa nos idos da baliza às costas.

O presidente-adepto desvaloriza activos, jogadores e treinadores, e não cria mais-valias com as respectivas vendas, antes lhes paga indemnizações chorudas por rescisão de contratos com justa causa.

O presidente-adepto, em última instância, consegue que uma hipotética aquisição, jogador ou treinador, pelo historial de "estabilidade e segurança" pense duas ou mais vezes antes de assinar pelo seu clube.

 

Viva o presidente-adepto viva, pim!

 

 

"O presidente do futuro é o presidente-adepto. Sou eu"