O pânico do pânico
No partido onde toda a gente enche a boca com o "exemplo Jorge Coelho" para atirar à cara dos outros quando dá jeito, nove meses passados sobre o assassinato de um cidadão estrangeiro às mãos da "polícia dos estrangeiros", o ministro Eduardo Catita [não é gralha] não só continua alegremente em funções como até recebe delegação de funções do primeiro-ministro, António Costa, para encerrar debates parlamentares, enquanto o Estado, numa confissão de impotência para cumprir e fazer cumprir a lei e zelar pela segurança de todos os cidadãos, nacionais ou não, manda instalar um "botão de pânico" na sala de tortura que o SEF tem na Portela de Sacavém para que os perigosos imigrantes, que são culpados de tudo até prova em contrário, possam recorrer caso se sintam ameaçados, esquecendo-se de instalar também um botão de pânico para o botão de pânico, inacessível quando algemados a uma mesa ou cadeira.
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