Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

O maluco do cemitério

por josé simões, em 27.03.22

 

John Minihan-Evening Standard.jpg

 

 

Cai uma avioneta em cima de um hipermercado e Marcelo chega lá primeiro que os bombeiros, descarrila um eléctrico no Chiado e Marcelo chega primeiro que a polícia [ia a passar...], pode haver erupção de vulcão nos Açores e Marcelo anuncia que vai a caminho. Marcelo chega às 17 horas do continente aos Açores para regressar ao continente às 17 horas dos Açores ao continente, não foi atrapalhar, foi "dar força" às populações. Marcelo é aquele gajo que vai na auto-estrada e pára para ver o acidente em sentido contrário, do outro lado do separador central, e com isso provoca um engarrafamento colossal atrás de si desde o tabuleiro da ponte até ao Casal do Marco.

 

Quando era puto havia no bairro um pateta, sempre "a rir sem ser por nada", como na canção do Zeca. Ouvia travar a fundo na estrada e estava lá para ver o acidente, falava-se que tinha afundado um bote na doca e lá ia ele a correr ladeira abaixo, uma pessoa foi colhida por um comboio e lá andava ele no meio da linha a espreitar por cima dos bombeiros, "mas que grande reinação", também como na canção do Zeca. Além de que marcava presença em todos os funerais e velórios mesmo não conhecendo o defunto. Era conhecido como o maluco do cemitério.

 

[Link na imagem]