O general e a tropa fandanga
Se um desses quaisquer tropa fandanga responsáveis por decidir empréstimos de 3 500€ num balcão qualquer da Caixa Geral de Depósitos alegar que não se lembra do empréstimo que decidiu e que correu mal a gente até acredita, devem haver milhares de pedidos dessa ordem todos os dias, vai-se lá lembrar daquele especificamente?
Se o Governador do Banco de Portugal alega não se lembrar da autorização dada pelo banco central que governa para a entrada de Joe Berardo no capital do BCP, com um empréstimo contraído no banco do estado no valor de 350 milhões de €, mesmo que posteriormente corrija para não ter estado na reunião que o decidiu, está a mentir com quantos dentes tem na boca porque não é todos os dias em que um valor daquela ordem aparece em cima da mesa das reuniões.
E se Vítor Constâncio mentiu é porque tem/ tinha a clara noção de que o que estava a ser feito não era correcto. Tão simples quanto isto.
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