O Danny Kaye da política
Luís Montenegro morreu no dia em que ficou na Madeira para, ao lado de uma nulidade que responde pelo nome de Hugo Soares, aparecer nas televisões a reivindicar como vitória sua o que afinal tinha sido uma derrota de Miguel Albuquerque, coisa que em 47 anos de autonomia nunca nenhum líder do PSD nacional alguma vez ousara fazer, e tinham sido vitórias mesmo a sério. Ele tinha acabado de dar não-sei-quantos a zero ao Costa, e agora é que ele vai ver como elas lhe mordem, coise. E não percebeu o que lhe acabava de acontecer nem ninguém no partido lhe deu conhecimento disso. Desde aí tem sido sempre a descer, nas sondagens e na vida real. De tal forma que o pantomineiro do pin já fez saber que se encontra de reserva para alguma eventualidade, os passistas já lhe rezaram a missa e, enquanto o pau vai e vem, o homem do leme foi trazido para a ribalta com recurso ao suporte básico de vida e anda nas televisões todas as semanas, que o piadista Montenegro nem com piadas secas lá vai. Paz à sua alma.
[Na falta de imagem decente do sósia Montenegro uma do original, de autor desconhecido]