O circo nunca acaba
No trabalho da Visão "Os empresários e as redes que embalam André Ventura", que o Expresso resume, João Maria Bravo, dono do grupo Sodarca, que lidera o fornecimento de armas, munições, tecnologia e equipamento militar ao Estado, Forças Armadas e de Segurança e também é dono da Helibravo, empresa com frota de helicópteros utilizados no combate aos incêndios, e que durante os governos de António Costa facturaram ao Estado perto de 33,3 milhões de euros, diz que apoia André Ventura porque "desde 1974 que o país se afunda, e este já é o governo mais caro de sempre". É disto que o povo gosta, de ouvir falar mal do 25 de Abril - "desde 1974", de ouvir apontar o dedo ao despesismo do Governo - "o mais caro de sempre", de alguém "que coloca o dedo na ferida e fala do que queremos ouvir" - "Se queres dançar e não tens par chama o André! Chama o André!", que os 33,3 milhões já cá cantam e até dão para financiar partidos do Estado Novo - Velho Estado, e seriam muitos mais milhões caso o André chegasse ao poder para "pôr o país na ordem, combater a impunidade e fazer a economia florescer", pelo menos a economia do Bravo, João. O fascismo à portuguesa é um circo que nunca acaba. Haja palhaços.
[Imagem]