Normalidade democrática
O Ventas arranja dois ciganos, que afinal não eram ciganos e um até nem era português, para falarem mal dos ciganos e legitimarem a sua narrativa sobre os ciganos. Deu nas televisões todas, mesmo que agora venha o desmentido, o polígrafo, a desmontagem, está dito, está, está dito, é a pós-verdade.
O Ventas junta 170 pessoas num jantar comício, numa sala fechada, sem arejamento e sem distanciamento social, contra as normas da DGS e vale-se da Constituição, que quer destruir, que não permite que eventos de partidos políticos sejam proibidos. Durante o repasto a comunicação social, que andou este tempo todo com o Ventas ao colo, é vaiada e o carro de reportagem da RTP é vandalizado.
Depois da sobremesa e do digestivo os minions mais entusiastas cantam A Portuguesa de braço estendido, "Salazar está vivo nos nossos corações", perante o pânico dos zeladores de serviço "é pá, baixa lá o braço que a conta já está pagam escusas de chamar o garçon".
[As imagens são do telejornal da RTP 1 no programa Bom Dia Portugal]