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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| Não confundir a chave mestra com o mestre da gazua

por josé simões, em 07.05.14

 

 

 

Quando o pantomineiro que ocupa a cadeira de primeiro-ministro vier outra e outra e outra vez, porque vão haver mais vezes, tantas quantas a comunicação social acéfala e capturada lhe permitirem usar a voz grave e o ar compungido sem ser confrontado logo ali na altura e em directo, com a conversa do é preciso "olhar para os últimos 25 anos de aplicação dos fundos" europeus recebidos por Portugal, para "fazer um balanço rigoroso do que se passou" e para "evitar os erros que foram cometidos no passado", lembrem-se de que não é só de controladores para aeródromos na zona centro de que fala, não. É muito mais ardiloso e engenhoso:

 

«O ex-dono da Tecnoforma, antigo patrão de Passos Coelho, admite que criou uma ONG com o objectivo de candidatar projectos a financiamento comunitário, que depois teriam a participação da sua empresa. Passos abria "todas" as portas para estes negócios, garantiu [...].

Fernando Madeira, que foi ouvido no final do ano passado pelo Ministério Público – no âmbito de uma investigação de projectos de formação profissional pagos à Tecnoforma com fundos comunitários –, conta [...] que Passos Coelho era uma peça-chave naquele processo.

«O ex-sócio maioritário da Tecnoforma refere que o actual primeiro-ministro chamou para fazer parte dos órgãos sociais do Centro Português para a Cooperação – uma organização não-governamental (ONG) financiada pela Tecnoforma – "pessoas com influência", como o então líder parlamentar do PSD, Luís Marques Mendes, e os também social-democratas Ângelo Correia e Vasco Rato (nomeado recentemente pelo Governo para presidir à Fundação Luso-Americana). Fernando Sousa, na altura deputado do PS, e Eva Cabral (então jornalista do Diário de Noticias e actualmente assessora do primeiro-ministro) estiveram igualmente na fundação desta ONG.

Em entrevista [...], Fernando Madeira diz que o objectivo de Passos Coelho em rodear-se de personalidades influentes era "abrir ou facilitar a vinda de projectos para a ONG no âmbito da formação profissional e dos recursos humanos, e que depois esses projectos pudessem ter a participação da Tecnoforma".

O empresário garante que Passo Coelho sabia que a ONG era criada com esse intuito e conta pormenores de um encontro com o então comissário europeu João de Deus Pinheiro e de um negócio fechado com Isaltino Morais.

"O projecto precisava também da aprovação de Isaltino, era o presidente da Câmara de Oeiras. O Pedro desbloqueou isso, fez o papel que se esperava dele. Tivemos uma reunião com o Isaltino Morais que aprovou o projecto e foi essencial para a candidatura a um programa financiado pela União Europeia", exemplifica.

Fernando Madeira não se recorda se pagava a Passos Coelho e, [...], durante a entrevista fez parar o gravador nesta questão durante 13 minutos. Na altura em que presidia à ONG, o actual primeiro-ministro era deputado em regime de exclusividade no Parlamento […]»

 

Antigo dono da Tecnoforma: "O Pedro abria as portas todas"

 

 

 

 

 

 

 

 

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