||| Já se começa a ver luz no fundo do túnel
Começa a ficar clara a razão para o silêncio de Pedro Passos Coelho, a banhos no Algarve, e depois da mui elogiada [por todos os comentadeiros-paineleiros em todos os espaços, da imprensa escrita à imprensa falada], porque corajosa, decisão de recusar o apoio ao Banco Espírito Santo. Finalmente o poder político emancipado do poder financeiro e tal. O respeito pelo dinheiro dos contribuintes e tal também. Não foi o Governo, não foi a ministra-swaps das Finanças, não foi ele, Pedro Passos Coelho, nem o seu vice, Paulo Portas, não foi o PSD nem o CDS, não foi tampouco o Estado, foi o Banco de Portugal. Eureka! Um homem corajoso e com álibi, este primeiro-ministro. A independência da instituição Banco de Portugal e do seu Governador, o Banco de Portugal como extensão do Ministério das Finanças, isso são outros quinhentos.
E o silêncio de Cavaco Silva, Presidente de facção, no remanso da Casa da Coelha, sem um Estatuto dos Açores ali à mão que lhe permita interromper as férias para não falar sobre Cavaco Silva, de cognome O Avisador, que nas vésperas tinha vindo avisar os portugueses de que podiam confiar no BES "dado que as folgas de capital são mais do que suficientes para cobrir a exposição que o banco tem à parte não financeira, mesmo na situação mais adversa". Logo ele que sabe tudo e que tudo sabe e que a magistratura de influência e as informações privilegiadas do Presidente, porque de fontes fidedignas e de excelência, não são para andar na praça pública, como nunca se cansa de repetir. Talvez num próximo prefácio.
Adenda: "Todas as dúvidas são legítimas"
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