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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| E como é que a gente explica isto?

por josé simões, em 28.04.15

 

O Rapaz dos Passarinhos Américo Ribeiro.jpg

 

 

Que alguns dos principais beneficiários da democratização das creches e infantários e do pré-escolar, da escola pública até ao 9º e depois até ao 11.º e depois até ao 12.º e do ensino superior para todos, independentemente das origens e da classe social de cada um, filhos do fim do marcelismo ou filhos do início da revolução, antes com o destino traçado à nascença, pé-descalço e ranho pelo nariz, bê-à-bá e um mais um igual a dois até à terceira classe, à pá sóce vai mazé trrrabalharr malandrrre qué pá apreenderres a serrr um home, sejam agora dos mais ideologicamente empenhados na destruição do Estado social e do ensino público que lhes proporcionou as ferramentas e o conhecimento para viverem agora no bairro onde está o clube de ténis que já não é elitista, também ele democratizado. Continua a ser um à pá sóce vai mazé trrrabalharr malandrrre qué pá apreenderres a serrr um home  mas um à pá sóce vai mazé trrrabalharr malandrrre qué pá apreenderres a serrr um home, com estudes, muites estudes du canude e muta ignorrrancia da bagage.


Pode até ser que sim, mas não é só isso: "O que nós precisamos é de creches".


[Na imagem "O Rapaz dos Passarinhos que apregoava "Quem meeeeeeerca os pássaros?"" do insigne fotógrafo setubalense Américo Ribeiro]

 

 

 

 

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