E ainda gozam com o pagode
Um gajo, vá lá, um senhor gajo, ou um doutor gajo, anda toda a vida a tentar endireitar a vidinha e constitui uma empresa para levar a vida direita.
Um gajo, vá lá, um senhor gajo, ou um doutor gajo, mete-se na política, faz-se militante de um partido do arco da governação, para ficar mais próximo dos centros de decisão, por causa da tal empresa que constituiu para levar a vida direita, ou um gajo, vá lá, um senhor gajo, ou um doutor gajo, constituiu a empresa depois de se ter metido na política e ter percebido que o melhor para endireitar a vidinha era fazer-se à vida e constituir uma empresa para levar a vida direita, já que os centros de decisão estavam mesmo ali à mão de semear.
Um gajo, vá lá, um senhor gajo, ou um doutor gajo, mete-se de tal maneira na política que um dia chega a ministro e à incompatibilidade entre o ser e ser dono de uma empresa constituída para endireitar a vidinha e levar a vida direita. Perante isto um gajo, vá lá, um senhor gajo, ou um doutor gajo, vende a sua parte da empresa a outrem e abdica, em prol de servir o pagode, de todo o esforço despendido ao longo da vida para endireitar a vidinha e levar a vida direita através da constituição de uma empresa.
Um gajo, vá lá, um senhor gajo, ou um doutor gajo, espera que o pagode acredite nisto, que daqui para a frente não tem nada a ver com a empresa que criou para endireitar a vidinha e levar a vidinha direita, a troco de um mandato ministerial de termo incerto ou um gajo, vá lá, um senhor gajo, ou um doutor gajo ainda goza com o pagode?
[Link na imagem]