É à vontade do freguês
Nos idos de Vítor Gaspar ministro das Finanças um dos argumento invocados pela direita radical para o "enorme aumento de impostos", e que consegui mesmo trazer a esquerda ao debate - e aqui há que lhes tirar o chapéu por conseguirem sempre desviar a discussão para onde muito bem lhe interessa, era o de que se queremos ter um Estado social com as valências e a qualidade a que nos habituámos, ser necessária uma base de sustentabilidade financeira, como se o "enorme aumentos de impostos" fosse com esse fim e enquanto se cortava na educação, na saúde, na justiça, e se desmantelava o tal do Estado social em benefício de interesses privados e da indústria da engorda às custas da miséria alheia, administrada pelas IPSS com ligações à Igreja Católica debaixo do pomposo nome de "Economia Social", tudo subsidiado pelo contribuinte por via das transferências do Orçamento do Estado. Agora que na realidade, além de repor direitos, garantias e poder de compra é necessário dotar o Estado de meios financeiros para garantir a tal da sua função social, reconstruir todo o edifico escaqueirado por quase 5 anos de Governo PSD/ CDS, com o dinheiro que não há para nada porque foi necessário resgatar os bancos da "excelência da gestão privada" e a converter dívida privada em dívida pública, o aumento dos impostos, ainda que indirectos, não só é "O" aumento dos impostos, como um aumento de impostos, um "ataque à classe média", feito pela esquerda, socialismo, União Soviética e o Diabo, sem mais. É o debate à vontade do freguês.
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