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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

E a estátua de Fernando Pessoa ao Chiado?

por josé simões, em 12.06.20

 

D._João_II_em_iluminura_do_Livro_dos_Copos_(1490-1498).png

 

 

               "O mostrengo que está no fim do mar
               Na noite de breu ergueu-se a voar;
               À roda da nau voou três vezes,
               Voou três vezes a chiar,
               E disse: Quem é que ousou entrar
               Nas minhas cavernas que não desvendo,
               Meus tectos negros do fim do mundo?
               E o homem do leme disse, tremendo:
               El-Rei D. João Segundo!


               De quem são as velas onde me roço?
               De quem as quilhas que vejo e ouço?
               Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
               Três vezes rodou imundo e grosso,


               Quem vem poder o que só eu posso,
               Que moro onde nunca ninguém me visse
               E escorro os medos do mar sem fundo?
               E o homem do leme tremeu, e disse:
               El-Rei D. João Segundo!


               Três vezes do leme as mãos ergueu,
               Três vezes ao leme as reprendeu,
               E disse no fim de tremer três vezes:
               Aqui ao leme sou mais do que eu:
               Sou um Povo que quer o mar que é teu;
               E mais que o mostrengo, que me a alma teme
               E roda nas trevas do fim do mundo;
               Manda a vontade, que me ata ao leme,
               De El-Rei D. João Segundo!"

 

                         A partir do minuto 15:46

 

[Imagem]