Deixem o PS trabalhar!
Eram manifestamente exageradas as notícias que davam conta da morte do velho PS, trafulha, da clientela política ligada ao pato-bravismo da construção civil à sombra do Estado, à especulação imobiliária, aos interesses privados que dão sempre na porta giratória público-privado-público, que se entreteve a negociar com a Vinci a localização do aeroporto do Montijo, ignorando o poder autárquico democrático e o aeroporto em Alcochete, com o apoio das câmaras comunistas e das câmaras PS, até o PS lhes dizer que tinham de apoiar a construção de outro aeroporto, decidido pelo PS, que decidiu a lei que agora se propõe alterar porque não diz aquilo que o PS quer que diga, a chamada democracia por medida e a pedido. O PS da governação autárquica bloqueada pelo Tribunal de Contas e pelas autarquias comunistas, que por pura maldade e falta de sentido de Estado não conseguem ver a "visão socialista para a região de Setúbal" [minuto 37:40], o finalmente malfadado investimento no "Deserto do Já Mé", sem a terceira travessia do Tejo, não vá algum atentado terrorista partir o país em dois, sem a plataforma logística Poceirão-Marateca, sem a linha de alta velocidade, sem a autoestrada do Baixo Alentejo entre Sines e Beja, sem a ligação ferroviária a ligar o terminal de Sines a Espanha. Deixem o PS trabalhar!