||| Da filha-da-putice
Como se fosse o uso que faz do lugar que ocupa de momento o que estivesse em cima da mesa; como se a sua família alguma vez tivesse sido chamada à colação, que não pelo próprio na pantomina das prendas de Natal que não havia para as filhas; como se uma das funções do jornalismo não fosse a de escrutinar o poder e os titulares de cargos políticos; como se os titulares de cargos públicos políticos não fossem obrigados a declarar os rendimentos auferidos no Tribunal Constitucional; como se a sua carreira remuneratória e contributiva não fosse toda ela uma nebulosa, e a gente até já se esquece das férias na casa da Manta Rota, que "são do foro privado"; como se terceiros alguma vez tivessem sido tidos e achados nesta embrulhada; como se para sermos mais sérios do que Pedro Passos Coelho, O Moralista, tivéssemos que nascer duas vezes.