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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

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por josé simões, em 04.08.14

 

 

 

Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República, em silêncio no Algarve, provavelmente com um carro cheio de pastas e dossiers para estudar e sem um Estatuto dos Açores ali à mão:

 

«Cavaco Silva e Ricardo Salgado tiveram um encontro em 1989, quando o então primeiro-ministro se estreou no Fórum Mundial de Davos. O bar de um pequeno hotel suíço chegou a ser encerrado para Ricardo Salgado e Manuel Ricardo Espírito Santo falarem com Cavaco. Manifestaram vontade de o grupo regressar a Portugal para assumir a seguradora Tranquilidade e o banco da família, que tinha sido nacionalizado em 1975. O que aconteceria em 1991.

Passaram-se os anos do cavaquismo e do guterrismo. Em Janeiro de 2004, Ricardo Salgado convidou para jantar em sua casa, no Estoril, três casais: Durão Barroso (então primeiro-ministro) e Margarida Sousa Uva, Aníbal e Maria Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa, com Rita Amaral Cabral, que viria a ser administradora não executiva do BES. "O encontro serviu para pressionar Cavaco a candidatar-se às próximas eleições presidenciais", escreveria o 'Expresso' na primeira página. Salgado teria argumentado que, com a difícil situação económico-financeira do País, era benéfico o papel estabilizador de Cavaco em Belém.»

 

«Cavaco Silva afirmou que o "Banco de Portugal tem sido peremptório, categórico, a afirmar que os portugueses podem confiar no Banco Espírito Santo (BES)".

O Presidente da República justificou que os portugueses podem confiar no BES "dado que as folgas de capital são mais do que suficientes para cobrir a exposição que o banco tem à parte não financeira, mesmo na situação mais adversa"»

 

 

Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal, sabe Deus onde e sem ponderar sequer apresentar o pedido de demissão:

 

«O supervisor bancário referiu que "a ponta do problema" foi identificada em Setembro de 2013, tendo o Banco de Portugal iniciado "uma política de isolamento dos riscos" relativamente às restantes empresas do GES.»

 

«A situação de solvabilidade do BES é sólida, tendo sido significativamente reforçada com o recente aumento de capital"»

 

«O BES detém um montante de capital suficiente para acomodar eventuais impactos negativos»

 

 

Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro, escondido no Algarve atrás do Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, tem a atenuante de já antes ter avisado que «Eu não vendo ilusões aos portugueses. Só me poupo a dar más notícias que podem ser evitáveis»:

 

«O Primeiro-Ministro diz que os problemas de grupos privados com o Espírito Santo não são responsabilidade do Estado.»

 

«Não há nenhuma razão que aponte para que haja uma necessidade de intervenção do Estado num banco que tem capitais próprios sólidos, que apresenta uma margem confortável para fazer face a todas as contingências, mesmo que elas se revelem absolutamente adversas, o que não acontecerá com certeza»

 

[A imagem é o print screen do aviso do Mozilla quando tentava entrar no sítio do Banco de Portugal]

 

 

 

 

 

 

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