Assim, se vê, a força do Pê Cê
A comissão de utentes da ponte, a comissão de utentes do comboio, a comissão de utentes do hospital, a comissão de utentes da camioneta da carreira, a comissão de utentes do posto de saúde, a comissão de utentes da auto-estrada, a comissão de utentes da SCUT, a comissão de utentes dos jogos dos matraquilhos, a comissão de utentes dos bancos de jardim para jogar à sueca e à bisca de três. O que nós queríamos ouvir e ver, e ainda não perdemos a esperança, era um estagiário, daqueles destacados para as vigílias e acções de protesto, encher-se de brio e confiança e perguntar a um dos porta-voz de uma das comissões, da miríade que enchem os telejornais, o que é preciso fazer para ser membro da comissão, como foi constituída a comissão, como se vota para a eleição da comissão, qual o valor jurídico da comissão, qual a base de apoio da comissão, onde é que a comissão reúne, como são apresentadas as propostas dos utentes à comissão, como é que a comissão delibera, se a comissão dos utentes do hospital é formada por pessoas que passam a vida nas urgências e consultas externas do hospital sem lá trabalharem, se é preciso um número mínimo de visitas às urgências para integrar a comissão, no caso da ponte a partir de quantas passagens conta para pertencer ou eleger a comissão, quantas viagens é preciso fazer de camioneta para comissionar, qual o número de passagens na Via Verde ou no pórtico para contar como utente, e por aí.
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