António Costa admite começar a governar
António Costa "admite tomar medidas contra a inflação", não vai tomar, admite. Assim como tinha admitido o fim dos vistos gold. Foi há tanto tempo que já ninguém se lembra, foi em Novembro passado. Temos o país constantemente paralisado por greves, dos médicos aos professores, passando pelo enfermeiros e técnicos de diagnóstico, aos transportes públicos, funcionários judiciais e administração pública, mas António Costa tem "acordo com a concertação social, na função pública, com a Associação Nacional de Municípios e tem dialogado na Assembleia da República". E repete isto uma vez atrás da outra, as vezes que forem necessárias, não convencendo ninguém e enganando-se a ele e aquele sindicato dos bancários também conhecido por UGT. António Costa anuncia um conselho de ministros todo ele "exclusivamente dedicado à política de habitação", quando todos nós, na nossa humilde ignorância, pensávamos que "política de habitação" era inerente à função de governar e que os conselhos de ministros eram aquelas coisas que aconteciam naturalmente, como processo de governação. Afinal "anunciam-se".
Propaganda, show off e fogo de artifício, como dizem os camaradas brasileiros, é nos trinques, governar é que está quieto. Talvez da próxima António Costa admita começar a governar. Ou anuncie um conselho de ministros todo ele exclusivamente dedicado à governação.
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