A quem é que defende o que o FMI defende?
O FMI não defende que os patrões e accionistas abdiquem de uma pequena parte das mais-valias, da distribuição de lucros e dividendos, não.
O FMI não defende um aumento das contribuições das empresas para a segurança social/ fundos sociais por forma a que os Estados melhor combatam as desigualdades sociais e a manter os níveis de estabilidade de quem está na reforma e de quem se encontra no desemprego, não.
O FMI tira da cartola o argumento da direita radical dos velhos reformados com a vida regalada por oposição aos novos miseráveis e desempregados e, para que não o acusem de apelar ao conflito geracional, defende a redução das contribuições sociais para os salários mais baixos, assim, só.
O FMI não defende que os patrões e accionistas abdiquem de uma pequena parte das mais-valias, da distribuição de lucros e dividendos, e as canalizem para as seguranças sociais/ fundos sociais, não.
O FMI defende mais uma etapa na descapitalização das seguranças sociais e dos fundos sociais dos Estados para depois o FMI vir defender que as pessoas não podem estar à espera do Estado na velhice, que o dinheiro não chega, que o melhor é os mais novos, os miseráveis que não vão ter uma reforma regalada como os mais velhos, com o dinheiro que poupam pela redução das contribuições sociais que invistam em seguros privados e em planos poupança reforma.
A quem é que defende o que o FMI defende?
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