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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

A luta contínua*

por josé simões, em 09.12.18

 

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Não está em causa o direito à greve, nem a justeza das reivindicações, ou sequer a possibilidade de haver greves mais justas que outras greves. O que aqui está em causa é a memória ou a falta dela, coisa para a qual nos idos de antes de haver Internet os "mais esquecidos" ou os mais sem vergonha na cara ainda podiam rebuscar uma desculpa, por implicar juntar montanhas de papel em casa ou, em alternativa, sair do remanso e fazer deslocações ás bibliotecas municipais para seleccionar artigos de opinião nos jornais, tirar fotocópias, tomar notas, etc. um trabalho do caraças. Agora tudo é mais, muito mais fácil, basta ir ao Google e procurar o que foi dito sobre as greves durante a vigência do Governo da direita radical PSD/ CDS por ministros, secretários de Estado, jornalistas avençados ou simplesmente com a agenda definida nas redacções da imprensa independente do estado mas subjugada aos interesses de agentes económicos, por comentadeiros e paineleiros com avenças e lugar cativo nas televisões: a irresponsabilidade dos grevistas, a imagem de Portugal no estrangeiro, o prejudicar os outros cidadãos, honrados e trabalhadores, que veem a sua vida permanentemente num inferno, o descalabro da economia, a falta de respeito por doentes e pelo dinheiro dos contribuintes no Serviço Nacional de  Saúde, no privado isto não acontece, a mãozinha do PCP nos sindicatos. A mãozinha não, as duas mãos e os braços inteiros do PCP.

 

[*Contínua]