A força do "eles" no imaginário discursivo popular
"Eles querem é tacho". "Eles vão a lá é para se governarem". "Isso é lá com eles". "Eles é que têm os livros". "Eles é que sabem". "Eles é que mandam" A força do "eles" no imaginário discursivo popular de quem, por contingências da vida, ficou toda a vida pobrezinho de espírito, sem grande poder argumentativo e capacidade de interpretação, coitados do "a minha política é o trabalho".
Ele é um personagem perigoso, não porque não saiba mais do que eles, mas porque se dirige a eles, por interpostas pessoas e por boa imprensa em prime time, não parecendo falar para quem fala e recorrendo a uma linguagem que eles percebem, não percebendo eles mais do que aquilo.
[Imagem de Sammy Slabbinck]
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