A Brigada Brejnev
Defender que ditaduras podem "construir uma ordem económica mundial mais justa", mas a justeza das respectivas ordens internas nacionais um peru menor.
Falar em pensamento único imposto enquanto se chora o fim da URSS, esse berço do livre pensamento.
Defender o direito dos povos à autodeterminação e independência, a Declaração de Helsínquia, a Carta das Nações Unidas, enquanto se fala em "desagregação forçada de países como a antiga Jugoslávia" onde os povos quiseram seguir caminhos separados porque os 'amaricanos', a NATO e a União Europeia lhes disseram para seguirem, à imagem do que já tinham feito com os checos e eslovacos.
Ir colocar o embrião do Movimento Não Alinhado na Indonésia "ainda livre da sanguinária ditadura de Suharto" para não referir a sua fundação na Jugoslávia de Tito, ele próprio a fugir à sanguinária ditadura de Estaline.
Falar em validar eleições segundo "padrões assimétricos e a qualificar de ditadores todos os governantes que não obedecessem aos seus critérios de submissão, por mais democraticamente eleitos que tivessem sido" fazendo de conta que nada aconteceu na RDA em 1953, e que as eleições foram respeitadas na Hungria em 1956 ou na Checoslováquia em 1968.
O artigo do António Filipe no Expresso sobre os BRICS explica a coerência da Brigada Brejnev até ao seu desaparecimento do Parlamento e da vida autárquica.
[Link na imagem “According to the precepts of Ilyich”]