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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| Imprensa falsa

por josé simões, em 21.12.13

 

 

 

Post-scriptum: Depois do post publicado chamam-me à atenção no tuita de que esta figura, a do “reformado do Estado em part-time”, já existe na figura do Presidente da Republica e da presidente da Assembleia da República.

 

 

 

 

 

 

||| E depois logo se vê

por josé simões, em 16.12.13

 

 

 

E até bateram o pé à troika na questão da "flexibilização salarial", os patriotas. E não fazem fé nos baixos salários. E até porque o corte no preço da hora extra, os feriados eliminados, os dias de férias a menos, as talhadas nas indemnizações por despedimento, todos os subsídios e apoios sociais reduzidos, tiveram a ver com o "aumento da produtividade" e não com o aumento da mais-valia para o patrão, como dizem as más-línguas.

 

A avaliação foi positiva [e já lá vão 10], a troika tem plena confiança no executivo e não vem auto-avaliar-se [ia escrever "e não sem vem" mas arrependi-me a tempo], como dizem a Igreja e as organizações patronais e os socialistas e os comunistas e outros que tais terminados em istas, e mais aqueles que não terminam em coisíssima nenhuma, e que todos juntos fazem figas para que tudo corra mal e que até ficam irritados e fora de si [deles] quando as coisas correm bem. Tsc… tsc…

 

E depois há o "programa cautelar" que ninguém sabe o que é. E como ninguém sabe o que é tanto pode ser carne como ser peixe. Ou bacalhau, que, como toda a gente sabe, não é carne nem peixe, mas que já ficou decidido que é assim a modos que um seguro, só faltando saber o preço do prémio a pagar.

 

E podia ter corrido melhor, e podia correr melhor do que o ter corrido melhor, não fora o Tribunal Constitucional que também pertence ao gang dos terminados em istas e que só sabe desfazer e deitar abaixo o trabalho de quem quer trabalhar a bem da… err… vocês sabem, os patriotas.

 

Esses malandros do Constitucional é que são os culpados. Eles e a oposição. E os sindicatos e os polícias nas escadarias e os médicos e os enfermeiros e os transportes públicos e os professores e os estivadores e os velhos nos bancos dos jardins a jogar às cartas e sempre na televisão e arrematar o Governo.

 

E se esses malandros vierem armados, só cortes, má onda, aos patriotas resta o Plano B. Não, não é ir abanar o capacete nas noites de fim-de-semana ali para os lados dos Clérigos no Porto, é mesmo arrumar de vez com a procura interna pela subida do IVA. Mas assim como assim a procura interna também ia ser arrumada pelos cortes previstos no Orçamento do Estado 2014… Ah, esses malandros do Constitucional e da oposição e… prontes, os istas.

 

Mas até té lá vamos vendo e depois logo se vê.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

||| Ainda que mal pergunte, mas…

por josé simões, em 27.11.13

 

 

 

Independentemente de dois terços do aumento das exportações serem por conta da nova unidade de refinação da Galp, independentemente deste aumento das exportações não ser acompanhado por um estudo que o reflicta na criação de riqueza e emprego, sublinhar emprego, a menos que seja, e é, para efeitos de propaganda governamental, como é que para o "cabaz das exportações" entra algo que Portugal não produz, os derivados do petróleo, petróleo importado por Portugal, logo saída de divisas [+ exportações = + importações]?

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

||| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 27.11.13

 

 

 

"cada um tem a sua agenda"

 

 

 

 

 

 

||| O Tonto [Capítulo II]

por josé simões, em 11.11.13

 

 

 

Depois de "o olho do cu e a Feira de Castro", o irrevogável patriota, decerto deslumbrado com a sua capacidade para dizer nada e nada dizer, com profundidade filosófica que impressiona tudo o que é estagiário do microfone esticado à sua volta, regressa com uma comparação ainda mais estapafúrdia, agora em modo “a obra prima e a prima do mestre de obras”:

 

«Portugal vai conseguir, assim como a Colômbia conseguiu ultrapassar a ameaça do terror e do narcotráfico»

 

Mas como, originalmente, o Tonto foi criado para que o Lone Ranger tivesse alguém com quem falar, o irrevogável patriota parecendo que fala não fala, parecendo que responde não responde, salvaguarda-se, resguarda-se [e isso também não é notícia nem sequer novidade], uma vez que o Tonto disse, usando pronomes definidos e indefinidos, regresso aos mercados só com taxas de juro abaixo dos 4,5%, e o Lone Ranger falou na data e no tempo que falta para o fim do programa de assistência financeira, perante o deslumbre embasbacado dos estagiários do microfone esticado à sua volta.

 

 

 

 

 

 

|| O olho do cu e a Feira de Castro

por josé simões, em 01.11.13

 

 

 

Dinastia Filipina e memorando de entendimento com o "além da troika", tem tudo a ver. Enfim…

Mas quem escreve uma redacção do 5.º ano de escolaridade sobre a reforma do Estado também não é obrigado a saber História de Portugal. E quem usa o termo "protetorado" ad nauseam como justificação para a sua subserviência, e como alibi que encobre a falta de coragem e a desresponsabilização total pelos seus actos, a mais não é obrigado. A menos que seja premonição 'Vasconcelina'…

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 01.11.13

 

 

 

«O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, disse hoje estar a trabalhar "muito bem em articulação" com o[s] ministério[s] […] da Economia sobre a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que tutela». O ministério da Economia do ministro Pires de Lima que Paulo Portas queria impôr ao partido como futuro líder, quando irrevogavelmente abdicou depois da derrota eleitoral de 2005, fazendo uma desfeita a Luís Nobre Guedes que assim ficou a saber que não era o filho dilecto sentado à direita do pai.

 

O contrário é que seria de estranhar. São câmaras de eco num partido de um homem só/ um só homem.

 

[Imagem de Agustin Victor Casasola]

 

 

 

 

 

 

|| Uma besta vestida de corte italiano é um ministro

por josé simões, em 20.10.13

 

 

 

Podemos empobrecê-los todos até ao ponto em que não haja mais ninguém para vir para as ruas protestar por não suportar ver os espaços à sua volta preenchidos por quem já só pensa em sobreviver e por não querer para si e para os seus a mesmo destino, ou podemos ler, por exemplo e por ser "ideologicamente neutro", o Heinrich Eduard Jacob em 6000 Anos de Pão [Antígona, 2000] no capítulo que aborda as Guerras dos Camponeses, para o plano nacional, e o capítulo sobre a queda do Império Romano, pela periferia, para o plano europeu.

 

«o "direito de manifestação" está "consagrado" em democracia, mas lembrou que "os mais pobres" não se manifestam e "não aparecem na televisão"»

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Priceless

por josé simões, em 13.10.13

 

 

 

Paulo Portas a falar em "escrúpulos". Priceless. Paulo Portas a falar em "honestidade". Priceless. Paulo Portas a falar em "humanismo". Priceless. Paulo Portas a falar em "mentiras". Priceless.

 

[Imagem]

 

 

 

 

|| Da literatura

por josé simões, em 03.10.13

 

 

 

De cada vez que ouço falar em "ajustamento" lembro-me logo de Henry Miller e de uma cena de sexo num livro, que me escapa agora o nome, onde os protagonistas são o autor e um amigo, mais uma anã e um pastor alemão.

 

[Imagem]