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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Onde é que eu já vi isto?

por josé simões, em 09.12.08

 

 

«Los principales expertos internacionales advierten contra la rehabilitación del dictador y el olvido de millones de víctimas»

 

 

 

Top Ten Communist Jokes

por josé simões, em 23.06.08

 

 

No Times o Top Ten Communist Jokes, resultado da Communist Joke Competition. As minhas preferidas:

 

- «An old man is dying in his hovel on the steppes.There is a menacing banging on the door. ‘Whose there?’ the old man asks. ‘Death ‘comes the reply. ‘Thank God for that,’ he says, ‘I thought it was the KGB.»

 

- «A man is thrown in a Soviet prison cell and the other inhabitants of the cell crowd round him. "How long you in for," they ask. "Ten years," the new man laments. "And what did you do?" "Nothing. I did nothing". "You liar," the prisoners shout. "For nothing you get five years."»

 
 

O Paraíso na Terra!

por josé simões, em 31.05.08

 

Milhares de anos depois da expulsão por Deus, de Adão & Eva do Paraíso, foi Deus expulso do Paraíso pelos descendentes de Abel.

A remake, versão mesh-up, do Paraíso na Terra no Avante! e no Castendo.

 

E já que estamos numa de Paraíso, são tantos os "frutos do bem", que dava para escrever uma Bíblia.

Gosto particularmente deste apontamento sobre a Sibéria:

 

“(…) Cujas vastas extensões foram exploradas e literalmente transformadas graças ao trabalho heróico de milhares de trabalhadores, entre os quais numerosos voluntários

 

Contas por baixo, dois virgula oito milhões de voluntários à força. Estaline era como um Pai (dos povos). E a um Pai não se diz não.

 

(Foto de Evelyn Richter via Guardian)

 

 

 

Uma União de Povos em convivência exemplar!

por josé simões, em 28.03.08

 

Quando para justificar o não-direito à autonomia do Tibete, se apresenta como argumento a possível desintegração da China; se dá como exemplo o fim da União Soviética, e se escreve:
 
“União Soviética, destroçada também pela ingerência externa na convivência exemplar que soube construir, continua a ser um exemplo de como o imperialismo sabe ganhar com a desunião dos povos”
(Link)
 
Nesta “convivência exemplar” e “união de povos” que era a União Soviética estamos a falar do quê? Do reinado de Estaline e das transferências e migrações forçadas de nações inteiras nos anos 30 e 40 do século XX?
 
A título de exemplo:
 
- 380 00 Polacos/judeus em 140/41
- 366 000 Alemães do Volga em 1941
- 366 000 Chechenos em 1944
- 200 000 Meskhets em 1944
- 183 000 Tártaros da Primeira 1944
- 134 000 Inguches em 1944
- 45 000 Finlandeses da região de S. Petesburgo 1942
- 37 000 Balkars em 1944
- 36 000 Moldavos em 1949
- e muitos outros mais
 
Estamos a falar dos "entre 54 milhões e 65 milhões de pessoas (aproximadamente um quinto da população soviética num total de 285 milhões de pessoas) que viviam fora das respectivas entidades nacionais e administrativas"? (Link)
 
Ou estamos a recordar o Holodomor ou A Grande Fome na Ucrânia e região Kuban no Cáucaso do Norte; o processo de colectivização forçada que implicou a deportação de 2, 8 milhões de pessoas das quais 340 000 eram ucranianas?
 
Estamos a falar nos povoamentos forçados do Cazaquistão e Sibéria onde os cálculos apontam para 500 000 deportados mortos pelo trabalho extenuante, frio e fome?
 
Estamos a falar dos cerca de 400 000 camponeses enviados para os Gulag às ordens Menzhinsky, onde cerca de 30 000 foram executados sumariamente?
 
E podíamos continuar por aí fora. Fazer até um blogue só para a ex-União Soviética. Para o camarada Mao, o rei incontestável do genocídio e da repressão, um só blogue não chega; fica para outra ocasião.
 
Grande união de povos e de convivência exemplar era a União Soviética! Assim que puderam decidir por si, os povos, mandaram às malvas a União e a convivência e, foi cada um às suas. O mesmo se havia de repetir na terra do “inimigo de estimação de Estaline”Tito; só que aqui a desunião e o fim da convivência exemplar foi, e continua a ser, muito mais dolorosa.
O que realmente importa é: os povos têm ou não o direito a autodeterminação e independência, seja em Timor; no Saara; no Tibete; no Kosovo; ou no País Basco? Ou as conveniências políticas dão direitos a uns, na mesma medida que os retiram a outros?