|| A “suspensão da Democracia” (upgrade)
Passou sesgado às paredes na floresta de “pentelhos” que foi a pretérita campanha eleitoral:
E quem nos salva da salvação?
(Imagem)
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Passou sesgado às paredes na floresta de “pentelhos” que foi a pretérita campanha eleitoral:
E quem nos salva da salvação?
(Imagem)
Ouvir no mesmo dia, António Saraiva, presidente da CIP, e Miguel Beleza, ex-ministro das finanças de Cavaco Silva, dizerem que não vêm necessidade de mexer nas leis do trabalho porque para o que é bacalhau basta, enquanto o Governo, com a bênção desse grande sindicato do sindicalismo dos homenzinhos responsáveis – a UGT, apresenta como the next big thing a redução dos valores das indemnizações a pagar pelas empresas aos trabalhadores (ou será colaboradores?) em caso de despedimento ou de rescisão do contrato de trabalho, ao mesmo tempo que propõe a criação de um fundo, sem as palavrinhas mágicas “fundos públicos”, mas fundeado nos descontos dos próprios trabalhadores candidatos ao despedimento, é qualquer coisa.
Meanwhile, o “Socialismo” continua no preâmbulo da Constituição da República uma vez que os males do mundo estão no liberalismo e no neoliberalismo.
(Em stereo)
(Imagem de autor desconhecido)
Maiorias “não-conjunturais”, e assim de repente, só me estou a lembrar da ex-URSS, da China, de Cuba ou do México do PRI…
A “suspensão da Democracia de regresso ao PSD:
«O PSD protestou contra o que considerou ser um “veto de gaveta” de uma maioria conjuntural.»
(Na imagem Bonnie and Semoura Clark, black vaudeville, photographs and ephemera, 1909-1958, autor desconhecido)
Se vamos pela via da proibição, além do fascismo e do comunismo, outra ideologia totalitária a ser proibida seria o Jardinismo-Laranjismo.
«a verdade é que ainda contém muitos disparates do ponto de vista técnico e político"
(Não é inocente o post ser ilustrado com uma imagem made in Spain: Pedro Almodovar e Liberto Abal, Madrid, 1997)
“Subtilmente” elimina-se o Governo Civil, coisa que ninguém sabe para que o serve, mas que toda a gente sabe a quem serve, e passa-se a ideia de que “somos” todos muito simplex e racionais na gestão do erário e da cousa pública. Mas depois “ficamos” com um problema (um graaaaande problema) em mãos, e, “subtilmente”…
Parece que a República faz 100 anos em Outubro…
(Imagem de autor desconhecido)
Se “razão antendível” means exactamente o mesmo que “justa causa” e não tem cá nada a ver com liberalização dos despedimentos, então porquê mudar o léxico?
(Imagem de autor desconhecido)
No Público, o comentário mais votado à proposta de revisão constitucional do PSD de Pedro Passos Coelho:
«Destacamos então a proposta de “infiltração em sistemas informáticos pessoais”, quando um indivíduo esteja indiciado pela prática de um “crime punível com pena de prisão igual ou superior a cinco anos”, mediante autorização judicial, bem como “o seguimento dos movimentos de uma pessoa através da localização à distância”.
Observando atentamente a situação actual, as autoridades policiais já podem, mediante autorização judicial, proceder a uma investigação em qualquer sistema informático. Uma vez que o PSD parece não conhecer a lei processual penal, aconselhamos a ler o referido código, nomeadamente o artigo 190º.
É óbvio que esta proposta não serve em coisa alguma para apanhar qualquer criminoso, e é sim mais uma medida numa tendência generalizada para abrir portas à invasão da privacidade dos cidadãos que dificilmente se poderá fechar mais tarde.
Esta obsessão do PSD em infiltrar-se nos sistemas informáticos dos cidadãos não é nova, relembramos que o deputado Fernando Negrão sugeriu em debate parlamentar, a possibilidade de se instalar remotamente à socapa Cavalos de Tróia espiões em computadores de pessoas que sejam suspeitas de crime.»
Para haver revisão constitucional são necessários dois terços dos votos dos deputados. Como o PCP e o BE não estão para aí virados, o PS, ao invés de deixar o PSD a falar sozinho para menos de dois terços do próprio PSD, «vai criar um grupo de trabalho para o debate constitucional». Como diz “o outro”: Para dançar el tango são precisos dois”.
(Imagem “Dance to the music of time - radio's golden age” via Fox Photos)
Trabalho há 20 anos na mesma empresa (privada) onde o meu pai trabalhou 40 anos, a maior do ramo no distrito, e onde a estratégia de crescimento passou/ passa pela aposta na continuidade e na estabilidade profissional dos empregados. São mais de 60 anos de longevidade empresarial conseguida com uma política assente na preferência e na prioridade aos familiares dos funcionários mais antigos nas contratações para o quadro de pessoal. Como eu são mais de 50% os trabalhadores que entraram para a empresa com base neste requisito, é quase uma empresa multifamiliar. Agora vêm-me falar na relação entre o aumento da produtividade e a flexibilidade e a mobilidade e ainda mais em despedir por “razão atendível”… atendível “é a tua tia, pá!”
Dois mandatos de 6 mais 6 igual a 12 anos, possibilidade de demitir o Governo sem dissolver o Parlamento. Hugo Chávez remixed and remastered.
«Maria Cavaco Silva entregou ambulância e 35 mil dólares a hospital pediátrico de Luanda»
A figura da Primeira-dama existe no sistema político português e/ ou na Constituição da República Portuguesa?
Pedro Passos Coelho e o “novo” PSD vão consagrar a figura da Primeira-dama na novel(a) revisão constitucional?
(Imagem via Getty Images)
Deixar sair as propostas a conta-gotas, como quem não quer a coisa, para ver a reacção do eleitorado e dos adversários políticos, para ver com o que é que se pode contar, para ver se pega, ao mesmo tempo que se vai preparando as pessoas, criando um clima de aceitação para o que aí poderá vir.
“Não é justo, correcto e honesto” e já é velho, já tem barbas.
(Na imagem projecto do artista Are Sundnes-Paranaiv para o trabalho Single Engine do saxofonista Kornstad)
Tudo se compõe.
Possibilidade de demissão do Governo sem dissolução do Parlamento e consequente convocação de eleições.
O Presidente a governar: «O Governo devia depender da confiança do Parlamento e do Presidente da República» (itálico meu).
«Será o preço a pagar para manter o poder». Manter o poder. Às urtigas com os “superiores interesses da Nação» como agora soe dizer-se.
Parece que a República está aí a fazer 100 anos.
(Na imagem a tomada de posse do VIII Governo Constitucional)