||| Ainda que mal pergunte
O projecto de revisão constitucional apresentado pelos estarolas do PSD, que quando dá jeito é PSD Madeira, também prevê a extinção do Tribunal de Contas?
[Imagem de Sammy Slabbinck]
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O projecto de revisão constitucional apresentado pelos estarolas do PSD, que quando dá jeito é PSD Madeira, também prevê a extinção do Tribunal de Contas?
[Imagem de Sammy Slabbinck]
O "Deve e Haver das Finanças da Madeira" começa no século XV, que foi quando os portugueses chegaram às ilhas e, de chicote na mão, começaram a escravizar os nativos nas plantações de bananas, a impor-lhes os costumes trazidos do continente e o português como língua oficial, proibindo o uso da língua materna, o madeirense, e vai até ao século XXI, já na última fase, a da queda, depois da ascensão e apogeu de Alberto Simão Bolívar Jardim, líder e herói da luta da libertação contra o colonialismo.
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Depois, quando os teóricos da treta vierem "ó da guarda e aqui d’el rei" com a qualidade da democracia e a credibilidade dos políticos e dos partidos e o afastamento dos cidadãos da cousa pública e que o populismo grassa e as conversas de taxista e o não-sei-quantos, lembrem-se de que a argumentação da defesa não passa pela má ou boa utilização das verbas mas pela competência do tribunal para julgar, e por o os deputados estarem a ser "julgados nestes autos sem que o Tribunal suscitasse e obtivesse o levantamento da imunidade". Assim como no futebol do Apito Dourado, onde a argumentação não foi a veracidade das escutas telefónicas mas a sua legalidade.
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Os madeirenses viviam lá as suas vidinhas, muito bem descansados no meio dos peixes e dos passarinhos com as partes pudicas descobertas, chegaram os portugueses nas suas naus, ergueram um padrão, hastearam uma bandeira, construíram uma igreja, e meteram toda a gente a trabalhar o trabalho escravo para eles, os malandros:
«O responsável declarou que o programa de ajustamento económico e financeiro imposto à Região foi «indecente (...) depois do Estado português ter retirado da Madeira o que retirou durante cinco séculos e meio (...), como se não fosse Portugal».
«Isso foi indecente e foi mais um episódio do colonialismo aqui na Região Autónoma da Madeira», reforçou.»
[Imagem, Clara Bow in clown costume for Dangerous Curves, 1929]
O presidente da única região em Portugal onde o dia 25 de Abril nunca foi comemorado nem sequer assinalado.
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Há 35 anos consecutivos no poder, sem cuidar do ordenamento do território e da prevenção, culpa o governo central por não haver "pena de morte" ou "prisão perpétua" nas Ilhas Adjacentes.
Só já falta dizer que os bandidos e criminosos vieram do cont’ nente, o que até seria uma narrativa credível, mais, muito mais credível, e que não pode/ pôde ser usada nas cheias de 2010 e nas suas dezenas de mortes, vítimas de mesmo desordenamento do território e da mesma política de desenvolvimento, não sustentável e inimiga do ambiente.
[Imagem "Scary Clowns Halloween Parade in New York City", Gonzales Photo]
Motivo para o senhor Silva interromper as férias [e ainda nem sequer estamos em Julho/ Agosto] e convocar o país para uma comunicação de urgência à hora dos telejornais?
Resolução da Assembleia Legislativa da Região
Autónoma da Madeira n.º 15/2013/M
PROJETO DE REVISÃO CONSTITUCIONAL DA INICIATIVA
DO PSD — APROVADO COM OS VOTOS
A FAVOR DO PSD E A ABSTENÇÃO DO CDS/PP E PS
[O sublinhado é meu]
O sobrinho e afilhado do representante da Acção Nacional Popular na ilha adjacente da Madeira e director do jornal Voz da Madeira, onde se arranjou um lugarzinho para o jovem escrevinhar umas crónicas a enaltecer o fascismo, depois de concluído o curso, à rasquinha e depois de muito tempo, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, confortavelmente hospedado numa casa da Mocidade Portuguesa, dispensado que foi de combater na Guerra Colonial e colocado num quartel da ilha adjacente da Madeira, departamento Acção Psicológica Militar, graças a uma vaga caída do céu e que lhe permitia dar aulas no liceu [há gente com muita sorte na vida], como ia a dizer, o sobrinho-afilhado quer fazer com as greves o que se deixou de fazer com as greves logo a seguir ao dia 25 de Abril de 1974, quando os sobrinhos-afilhados e os seus tios e pais e mães foram metidos no devido lugar.
[Na imagem Alberto João Jardim com a t-shirt da organização terrorista FLAMA]
«Uma portaria conjunta das secretarias do Turismo e das Finanças, publicada no Jornal Oficial de 19 de Novembro, reparte os encargos com o fogo pelos orçamentos de 2012 e 2013, remetendo para o do próximo ano a quase totalidade (739 mil) desta despesa.»
[*]
[Imagem de Marcia Resnick via Copenhagen Photo Festival]
Passou despercebida na generalidade da comunicação social, e na blogocoisa, a declaração de derrota de Alberto João Jardim, desvalorizando e atribuindo a expressiva votação em Miguel Albuquerque, nas directas para o PSD-Madeira, a um hipotético descontentamento devido aos acessos ao porte se encontrarem vedados a quem nunca deu o corpo ao manifesto pelo partido nas ilhas:
Pode ser que sim pode ser que não, certo é que tudo isto acontece num altura de crise, recessão, depressão e austeridade, com o país e a Região Autónoma sobre resgate financeiro, e que estamos a falar de um universo de 3859 militantes do partido, 1644 deles, a fazer fé nas declarações de Jardim, homeless partidários, excluídos do pote da promiscuidade entre Governo regional e empresas propriedade, ou com ligações a membros do Governo e à elite dirigente do PSD-Madeira, para uma população total de 267.785 de habitantes. Cada um que tire as suas conclusões sobre a autonomia regional desde 17 de Março de 1978.
[A imagem é de uma instalação de Ron Terada e um conselho aos hipotéticos 1644 homeless partidários, partidários de Miguel Albuquerque]
Os eleitores da Região Autónoma da Madeira votaram CDS nas legislativas de 2011 ou votaram José Manuel Rodrigues? Dito de outra maneira, foi José Manuel Rodrigues que conduziu o CDS a um resultado histórico em 2012 na Região Autónoma da Madeira ou foi a presença do chapéu de Paulo Portas nas ilhas durante a campanha eleitoral?
Uma só certeza, José Manuel Rodrigues leu a carta que Paulo Portas escreveu aos militantes.
[Imagem "Performance to celebrate the 69th birthday of Kim Jong-il, leader of socialist north Korea, in the capital of Pyongyang", Feb. 16, 2011, autor desconhecido]
Nos alvores do séc. XXI, numa época dominada pelo Facebook, pelo Twitter, e pelo Istagram, da televisão no telemóvel, da partilha da informação, da informação à roda do planeta, em segundos e ao alcance de um click.
[Imagem de autor desconhecido]