"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Este "I have a message to those who attacked us. A message from the whole of Norway. You won’t destroy us. You won't destroy our democracy. We are a small but proud nation. No one will bomb us to silence. (…)" trouxe-me a memória a Table Talk de S. T. Coleridge em 1884:
«O direito à tolerância parece-me uma contradição. Algum critério deve em todo o caso ser adaptado pelo Estado; de outro modo será compelido a admitir todas e quaisquer doutrinas e práticas, por mais horrendas, que qualquer homem possa proclamar.
O único argumento verdadeiro a favor de uma tolerância discriminatória é que não adianta deter a heresia através da perseguição, a menos que, talvez, ela seja conduzida segundo planos de guerra directa e de massacre.»
«Do que as mulheres precisam é do direito ao serviço militar. Dêem-me um regimento bem montado de mulheres com sabres, em oposição a um regimento de homens com votos. Veremos quem se vai abaixo primeiro. Esta questão tem de ser resolvida a sangue e ferro, como muito bem disse Bismarck, que tenho razões para acreditar que era uma mulher disfarçada»
Mas isto era George Bernard Shaw, perigoso socialista que até recusou um Prémio Nobel, a falar sózinho nas suas Press Cuttings nos idos de1909.
«(…) para a matilha brejnev saltar, o pior (ou o melhor...) que lhe podes fazer é transcrever o "Avante". Eles conhecem a insanidade sectária e aventureira da linguagem de ódio que usam no íntimo e na intimidade (que tapam sobre política interna e destapam nas "relações internacionais"). E por isso sabem que se for exposta, tornada pública, não há mais poderoso veneno anticomunista. Não é preciso comentar nem criticar, basta transcrever o "Avante", o mais poderoso jornal anticomunista editado entre nós.» Na caixa de comentários.
Uma boa pergunta a fazer aos defensores dos Direitos Humanos e direitos das mulheres e direitos das minorias e tudo o que seja, e mais rápidos que a própria sombra a propor a geminação de Lisboa com Gaza.
Eu conheci Susan Boyle. Foi na cidade do Porto no ano de 2006. Era o Paulinho e era dj no café concerto do Rivoli. Um dj ecléctico, que não fazia uma única mistura, tudo na base do corta-e-cola, mas com um extremo bom gosto musical e com uma percepção da casa e da música a usar em função dos clientes, francamente fora do comum. E aguentava a sala cheia até à hora do fecho.
Quando o café concerto encerrou às duas da manhã, fomos todos, os donos, eu, e o Paulinho, fazer a ronda dos bares e discotecas da cidade. O Paulinho, apesar de profissional do ramo, quando ia à frente via-lhe barrada a porta e só acabava por entrar, a contra gosto do porteiro, porque vinha connosco. Tinha paralisia cerebral, e naquele jeito desengonçado de andar, com a boca de lado e com nítidas dificuldades em se exprimir, era um pauzinho na engrenagem da pseudo pop-fashion.
Onde me “doeu” mais – e parecia que doía sempre mais a nós que a ele – foi no Lusitano, um bar frequentado pela comunidade gay e lésbica da cidade. O Paulinho estigmatizado e marginalizado, por uma comunidade ela própria estigmatizada e marginalizada e vitima do preconceito.
No One Is Innocent cantava em 1978 Ronnie Biggs acompanhado pelos Sex Pistols.
Veio esta conversa da treta a propósito desta troca de argumentos.
«A remix is an alternative version of a song, different from the original version. A remixer uses audio mixing to compose an alternate master recording of a song, adding or subtracting elements, or simply changing the equalization, dynamics, pitch, tempo, playing time, or almost any other aspect of the various musical components. Some remixes involve substantial changes to the arrangement of a recorded work, but many are subtle, such as creating a "vocal up" version of an album cut that emphasizes the lead singer's voice. A song may be remixed to give a song that was not popular a second chance at radio and club play, or to alter a song to suit a specific music genre or radio format. Remixes should not be confused with edits, which usually involve shortening a final stereo master for marketing purposes.»
«Dark Side of the Rainbow (em português, O Lado Sombrio do Arco-íris) é o nome dado ao efeito criado ao tocar o álbum conceptual dos Pink Floyd The Dark Side of The Moon simultaneamente com o filme o Feiticeiro de Oz.»