"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
O título do post é de seis meses antes do arquivamento do processo que envolvia o procurador-geral da República angolano, João Maria de Sousa, e de 8 meses antes das declarações do ministro Rui Machete à Rádio Nacional de Angola.
Entretanto, e pelas voltas que a justiça às vezes dá, vê-se envolvido, ainda que por interpostas pessoas, numa investigação de crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais, tráfico de influências, corrupção e abuso de informação privilegiada em processos de privatização.
Esqueceu-se. Tipo andar com os óculos na testa à procura deles. Tipo querer sair de casa e andar com a chave na mão à procura dela. Tipo guardar o sobretudo no roupeiro no final do Inverno e, quando chega o frio no ano seguinte, descobrir que estavam €5 e um lenço de papel esquecidos num bolso, ou um maço com os cigarros já amarelados. Acontece a qualquer um.
Enquanto Pacheco Pereira no blogue, na televisão, nos jornais e revistas, e mais que haja, se dedica a descredibilizar e demolir a nova geração de militantes do Partido nascida sem filiação ou paternidade M-L ou UN, e, passe o pleonasmo, genuinamente genuína; o DCIAP continua paciente e meticulosamente a autopsiar o cadáver do Cavaquismo.
Eu quero acreditar que isto vai terminar ainda antes do fim do Verão para que Dona Manuela saiba quais os poucos com que vai poder contar para a elaboração das listas e para um possível futuro Governo.