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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Suspensão da Democracia

por josé simões, em 09.06.12

 

 

 

Rui Rio, em modo alemão, a defender para as Câmaras Municipais o que os amigos e conselheiros da frau Merkel defendem para a Grécia [e para Portugal]. Os jornalistas, para não variar, no seu estado natural aka modo amorfo, sem o confrontarem com a similaridade entre as suas declarações e as declarações que vão escapando de quando em vez da boca dos escudeiros dos "mercados".

 

A gente vai tentar não se esquecer quando vierem outra vez com a "salvação da pátria" e com a "reserva moral" do PSD.

 

[Na imagem Bill 'fucking' Murray]

 

 

 

 

 

 

|| Notícias dos Balcãs ou o Norte, com éne grande, contra Lisboa

por josé simões, em 04.02.12

 

 

 

Ao invés de responder que nem no Porto nem em Vila Nova de Gaia nem em outra cidade qualquer, a bem do rejuvenescimento e da transparência democrática, uma vez que já ocupa o lugar de presidente da Câmara desde 1997, que já anda na política desde os idos do PREC, e que já vai sendo mais que tempo de ceder o lugar a outra gente com outras ideias e outras visões para a cidade, para a região e para o país, interrogado se poderia ser ele o próximo a ocupar a cadeira do poder no Porto, Menezes escusou-se a comentar.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Do apetite

por josé simões, em 06.12.11

 

 

 

E ser[i]á candidato por conta própria ou por conta do partido? Era assaz esclarecedor saber.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

|| “A pagar desde 5 de Novembro de 1962”. Podia ser a divisa da margem Sul do Tejo

por josé simões, em 22.06.10

 

 

 

A eterna “reserva moral” para a liderança do PSD, no papel de incendiário à frente da Câmara da segunda maior cidade do país:

 

"Estamos à beira das pessoas se poderem revoltar a sério"

 

Primeiro no Twitter

 

(Imagem Les Sabres de Thierry Guitard)

 

 

 

 

|| Jornalismo “de referência”

por josé simões, em 28.10.09

 

 

 

 

É normal que passadas quase três semanas sobre as eleições Autárquicas 2009 o Diário de Notícias ostente na sua homepage, secção “Portugal”, uma sondagem datada de 6 de Julho (!), com gráfico e tudo, intitulada “Se as eleições para a Câmara do Porto se realizassem hoje, em quem votaria?”?

 

(Na imagem October 1914, Mobile, Alabama, Seven year old Ferris. Photo by Lewis Wickes Hine)

 
 
 

 

|| Tricampeão

por josé simões, em 18.07.09

 

 

 

O cuidado posto na apresentação: «Pinto da Costa, o cidadão» apoia a candidatura da eurodeputada Elisa Ferreira, que «só fica no Porto se ganhar».

Como se fosse possível dissociar o cidadão Jorge Nuno do presidente do FC Porto Pinto da Costa. Como se tivesse o mesmo peso do Manuel Joaquim de Miragaia, do António Francisco da Cedofeita. Ou do Rui Fernando do Boavista. Jorge Nuno, na candidatura de Elisa Ferreira, é substantivo ou adjectivo? Seja como for isso é irrelevante, já que estão os dois – o substantivo e o adjectivo - habituados a ganhar campeonatos e este ano têm sérias hipóteses de conquistar o Tri.

 

Consta que lá no Estádio do Dragão, que se Deus quiser um dia há-de ter o nome do cidadão gravado a letras douradas por cima da porta principal, nos intervalos das vitórias é proibido tocar Delfins nos altifalantes…

 

Adenda: Este post era para ter tido como título: A Angústia do n.º 10 antes da marcação do Livre Directo

 

 

 

Dói, não dói? Habituem-se!

por josé simões, em 15.05.08

 

Ainda sofre o affair Boavista; um histórico do futebol português, com 105 anos de história e, segundo reza a lenda, responsável pela introdução da modalidade em Portugal; e sobre a série de artigos assinados por Carlos Abreu Amorim (CAA) no Correio da Manhã e depois republicados no Blasfémias, importa a meu ver recordar que:

 

- De 1978 a 1997 (19 anos) os sócios do Boavista FC elegeram sem interrupções o Major Valentim Loureiro como presidente do clube:

 

“Assim nasceu uma nova era denominada de Boavistão, liderada pelo Major Valentim Loureiro, que com a sua sagacidade e inteligência, transformou e criou as condições para a projecção actual do clube, por todos reconhecida.” (Negrito meu)

(Site do Boavista)

 

- de 1997 até 2008 (11 anos) os sócios do Boavista elegeram sem interrupções João Loureiro, filho do anterior presidente, naquela que foi considerada a primeira dinastia do futebol português:

 

“Sucedendo em 1997 ao pai, Major Valentim Loureiro, o actual presidente, Dr. João Loureiro, tem imprimido ao clube uma dinâmica traçada por objectivos muito precisos, assentes no investimento certo, nos equipamentos desportivos e na politica de gestão do futebol.” (Negrito meu)

(Site do Boavista)

 

- nem o Major, primeiro, nem o filho, depois, tomaram o poder no Boavista por “golpe de Estado”. Foram eleitos em eleições democráticas e incontestadas; e estiveram, pai e filho, à frente do clube 30 – trinta – 30 anos (!!!), com o apoio incontestado dos sócios; nunca é demais sublinhar.

 “Quem boa cama fizer, nela se vai deitar”…

 

Escreve CAA na caixa de comentários deste meu post:

 

“V. não percebeu nada. Eu não defendi o intervencionismo. Pelo contrário. A Câmara tem de ser um Governo local. E deve ser um factor de união de esforços dos cidadãos na defesa dos interesses locais.
A CMP nada disse e nada fez. Alheou-se da questão. O que é profundamente errado.”

 

Caro CAA: antes pelo contrário; eu percebi e percebo muito bem! A Câmara nada disse e nada fez; e fez muito bem. Alheou-se da questão. O que é profundamente certo.

 

 

 

A salvação da “Pátria”

por josé simões, em 14.05.08

 

Promiscuidade entre o futebol e a política, e, principalmente, entre o futebol e o poder autárquico? É como os atentados terroristas no Iraque; de tão banal que já deixou de ser notícia.

 

Demasiado Estado na vida dos cidadãos? As reclamações já não são tantas como nos futebóis; dependendo mais da área político-ideológica onde nos situamos. Ou dependendo da interpretação que se tem de “Estado”. Se for o Governo, com sede em Lisboa, é uma coisa (abominável!); se for outra qualquer forma de “Governo”, por exemplo, o Governo de uma autarquia, e se essa autarquia for a da cidade do Porto, então aí o caso muda de figura.

 

As coisas que a gente aprende! Por exemplo: que a crise num clube de futebol profissional, que paga ordenados chorudos aos jogadores, numa cidade e numa região com um dos maiores índices de pobreza do país… é um problema da cidade! E mais grave: a Câmara nada faz para resolver o problema! (Link)

 

E os “maus” exemplos já vinham de trás. Vejam só o desplante da Câmara de Faro que nada fez pelo Farense! Ou a de Portimão que nada fez pelo Portimonense! Já ninguém “veste a camisola”! Ou a de Setúbal que durante anos a fio alimentou a “esponja Vitória” com dinheiro dos contribuintes e com terrenos municipais, que invariavelmente foram servir para mais urbanizações tipo “cagalhão, que encheram as contas bancárias dos construtores civis amigos das direcções, e que desfiguraram completamente a cidade.

 

«'O que é que Rui Rio tem que ver com o assunto?'»; tem e muito. Não é parvo. Tem a perfeita consciência de que ganhou as eleições a Pinto da Costa erguendo esta bandeira.

 

As saudades que eu tenho de Fernando Gomes e Nuno Cardoso; ai, ai!

 

(Regionalização? Não, obrigado!)

 

Adenda: Já vai no III capítulo. Os anteriores podem ser lidos aqui.

 

(Foto roubada na Vanity Fair)

 

 

 

Racismo e xenofobia

por josé simões, em 28.03.07

 Há coisa de umas semanas atrás, surgiu na comunicação social um relatório de uma comissão (ou observatório?) qualquer, onde era apontado o dedo aos portugueses, acusando-os de racismo e xenofobia, e ao Estado português, por nada fazer para a aceitação e integração das comunidades ciganas na sociedade.

 

Vem isto a propósito de, algum tempo já passado desde a apresentação do relatório, a Câmara do Porto ter decidido demolir o Bairro do Bacelo, predominantemente habitado – sem um mínimo de condições – por famílias de etnia cigana, e como contrapartida proceder ao realojamento dos desocupados em pensões, durante um período máximo de seis meses, até ser encontrada uma solução de alojamento definitivo em habitação social.

 

O tempo de alojamento em pensão será pago pela Segurança Social (leia-se dinheiro dos nossos impostos), o realojamento definitivo em novas habitações a cargo do pelouro da Habitação e Acção Social da Câmara do Porto (idem idem, aspas aspas).

 

Não é a solução ideal, mas é melhor do que deixar as pessoas na rua.”

“Deviam ter em conta que se trata de famílias de etnia cigana e que, pela sua cultura, o melhor seria, durante os 60 dias, realojá-las num terreno que, pelos vistos, até estava disponível.”

Vítor Marques, presidente da União Romani Portuguesa (URP).

 

Importa-se de repetir, sr. Vítor Marques?! Como alternativa à barraca, apresenta-se a pensão – e de borla!- e o senhor sugere outra barraca. Quando a habitação social estiver disponível e, como as famílias são de etnia cigana, é preferível continuar na barraca? “é melhor que deixar as pessoas na rua”?! Onde é que elas tem vivido até agora?

 

Ainda sobre esta polémica empolada, o SOS Racismo acusa o presidente da Câmara, Rui Rio, de “políticas racistas e xenófobas ante a solução apresentada”.

 

À consideração dos ilustres que elaboraram o relatório sobre a integração cigana na sociedade portuguesa: Não seria de bom-tom rever novamente as conclusões do relatório? Ou será antes preferível, a maioria da população portuguesa – e para se evitarem de vez as acusações de racismo e xenofobia – integrar-se ela própria nos costumes ciganos, e fazermos deste país um gigantesco parque de barracas, começando e já, por aproveitar o CCL da Caparica?

 

Post-Scriptum: Há uns tempos atrás, um amigo, oficial da Brigada de Trânsito da GNR, confidenciou-me que, existem directivas verbais na BT, para em operações stop, e com o objectivo de evitar “confusões”, não mandar parar veículos conduzidos por ciganos.

Alojamento grátis em pensão, casa oferecida pela Habitação Social, isenção de cumprir o Código da Estrada; afinal sempre existem portugueses de Primeira e Segunda, estão é onde menos se esperava que estivessem…  

Noções de ética

por josé simões, em 19.01.07
No princípio desta semana, Rui Rio, salvo erro nas páginas do Diário de Noticias, queixava-se dos elevados índices de absentismo na Câmara do Porto; tudo justificado por atestado médico. Quase todos os atestados, passados sempre pelos mesmos médicos. Rui Rio fez uma espécie de Top Ten dos médicos e, à cabeça da lista, surgia um médico que durante o ano transacto conseguiu passar uma média de 2 (dois!) atestados por dia.
Também há dois anos que a Câmara por si presidida, havia feito uma exposição desta situação, no mínimo insólita, à Ordem dos Médicos; e até hoje nada…
 
Ontem, notícia de abertura do telejornal na RTP1, um relatório da Inspecção-Geral da Saúde (IGS) que identifica os médicos que mais receitas passaram.
Também com num Top Tem elaborado, a IGS coloca no topo (disco de platina), um médico de Santarém que passou por dia mais de 100 (cem!) receitas, logo seguido pelo disco de ouro, do centro de saúde de Oliveira do Bairro com 95 (noventa e cinco!).
 
Também no mesmo telejornal e a seguir à peça, Pedro Nunes bastonário da Ordem dizia que isto não queria dizer absolutamente nada, que há sempre a possibilidade não descartável de haverem falsificações de receitas, através dum scanner ou duma fotocopiadora.
 
O objectivo da inspecção seria avaliar a existência de uma relação entre as acções de formação de médicos pagas pela indústria farmacêutica – os famosos congressos – e a prescrição de medicamentos.
 
“Não se vislumbra qualquer ligação anómala entre o seu perfil prescricional e a presença em acções de formação para os quais tenham recebido patrocínios financeiros dos laboratórios”
 
Conclui o relatório, fazendo as delicias da Ordem dos Médicos que pela voz do seu bastonário:
 
“Tal conclusão demonstra a qualidade ética e a técnica dos médicos portugueses”
 
Errado. É precisamente o contrário. O que o relatório demonstra é a falta de ética e de profissionalismo dos médicos referenciados.
No caso da cidade do Porto, vitima de uma virose ou estirpe gripal que afecta única e exclusivamente os funcionários câmararios; no caso dos centros de saúde do Top Ten, e o de Aveiro especificamente que só em 2005 conseguiu ter uma média de 4500 euros por dia em medicamentos, comparticipados pelo Estado.
 
Assim como para o Bastonário da Ordem também seja absolutamente natural, ético e profissional, um congresso de médicos na Patagónia (?!?), pago por um laboratório farmacêutico aos médicos que mais prescreveram medicamentos da marca, como noticiava em primeira página o Tal & Qual em Novembro do ano passado.

...

por josé simões, em 24.12.06

A Câmara Municipal do Porto decidiu não dar tolerância de ponto aos funcionários no próximo dia 26.

Segundo Sampaio Pimentel, vereador dos Recursos Humanos, no mínimo um "gesto discutível" decretar tolerância para parte dos portugueses quando o país está em crise.

 

Apesar de não ser dia feriado e, toda agente dever trabalhar normalmente, como aliás acontece no sector privado, o PCP em comunicado:

"É um perigoso precedente que põe em causa os direitos dos trabalhadores".

Desde quando não ir trabalhar é um direito dos trabalhadores?

E acusa o PC no comunicado:

"A decisão prejudica também os munícipes"

Como assim? Os munícipes que não se queriam deslocar a repartições câmarárias e lá terão de o fazer por estarem a funcionar?

Ou os munícipes que que ficaram privados de mais um dia sem recolha do lixo? 

 

Ele há com cada um!

Breves

por josé simões, em 07.11.06
O movimento “Pelo Porto Juntos no Rivoli”, pela voz de Francisco Beja, ontem em conferência de imprensa, comentando o despacho camarário que extingue os subsídios a partir de Janeiro de 2007, lança o desafio a Rui Rio de encerrar o pelouro da Cultura.
Pessoalmente vejo a questão por outro prisma. Rui Rio devia criar um pelouro da Cultura na Câmara Municipal do Porto, uma vez que o pelouro da distribuição de subsídios vai ser encerrado.
 
Carmem Miranda (não aquela de Marco de Canavezes que cantava com uma fruteira no alto da pinha), do mesmo movimento afirma que a cidade agora “é um atraso de vida”. Agora?
Numa cidade em que entre as musicas de um concerto de uma super banda de rock se grita na assistência “S. L. B. filhos da P…”, nos “Jogos Sem Fronteiras” inter-cidades, eliminatória Setúbal / Porto a claque grita “Pinto da Costa, olé”, ou numa passagem de ano popular, numa praça da cidade se entoa “O Benfica vai pró C…” …
 
A Secretaria da Agricultura dos Açores decidiu conceder um subsídio de cem mil euros, (sim, leram bem, cem mil euros), ao clube Lusitânia para divulgação dos produtos agrícolas açorianos no exterior.
Aguardo ansiosamente pelos confrontos futebolísticos por essa Europa fora.
Manchester / Lusitânia, Bayern / Lusitânia, Real Madrid / Lusitânia, Milan / Lusitânia, etc., etc., e o respectivo impacto na economia do arquipélago.
 
Já aqui uma vez tinha perguntado se o “BASTA!” de Sócrates era insularmente delimitado ou extensível a outras regiões. A pergunta mantém-se.
 
Calimero está de volta. Não ao ecrãs de televisão para fazer as delicias dos mais pequenos, mas em livro. Aguarda-se a publicação de “A crise de 2004” da autoria de Pedro Santana Lopes. Depois da Teoria da Conspiração, a Teoria da Perseguição…
 
Foi ontem votado na Câmara Municipal de Lisboa o projecto para a Baixa-Chiado.
O PS e o PC abstiveram-se, “não há segurança de que o plano seja exequível”, leia-se “abstemo-nos porque o plano não é nosso”.
O Bloco por Sá Fernandes, votou contra, “esta maioria tem medo que o meu projecto seja melhor que este”. ?!?
 
Na Nicarágua, Daniel Ortega regressa à presidência pela via eleitoral.
Muitas conspirações urdidas, muitas ditaduras militares passadas, muitos anos depois, milhares de mortos e milhões de dólares gastos, os Estados Unidos começam a perder mão do “seu quintal”. Bolívia, Peru, Brasil e Venezuela, com o México a morder-lhes os calcanhares. Sempre pela via eleitoral.
Quando daqui por muitos anos se olhar para a história da América Latina, os estados Unidos surgiram como obstáculo epistemológico?