Mar de Chamas
Bruno de Carvalho quer clubes castigados por causa dos presidentes que passam o dia no Facebook a "atear fogo à mata".
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Bruno de Carvalho quer clubes castigados por causa dos presidentes que passam o dia no Facebook a "atear fogo à mata".
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Temos assim um ex hooligan ex activista de claques [segundo a página Wiki, depois da legitimação dinástica do longo rol de graus de parentesco e de sucessões] eleito presidente de um clube que, aquando de uma derrota ou de um resultado menos positivo da equipa de futebol, a primeira coisa que faz é atravessar o relvado em direcção à bancada para pedir desculpa aos hooligans à claque, a acusar o presidente de outro clube inimigo rival de ser refém de claques de futebol. Siga o circo.
Gastar páginas inteiras de jornais e horas intermináveis em programas de opinião nas televisões por causa dos pintelhos [sic] do Catroga e fazer de conta que o bardamerda do querido líder não existiu.
O hooliganismo e o discurso do ódio legitimado nas urnas com o aval de pessoas ditas de esquerda. MA-RA-VI-LHO-SO.
["O futebol é que induca e o fado é que enstrói", dixote usado pelas gentes "do reviralho" para caracterizar a política educativa do senhor na foto]
Com o silêncio cúmplice de uma comunicação social, sistematicamente acusada por dirigentes e adeptos, mais ou menos [des]conhecidos, de ser anti-Sporting, aquilo que foi uma evidente falta de profissionalismo aliada a uma gritante incompetência - as horas de espera dos associados da agremiação do Campo Grande em quilómetros de fila à roda do estádio para poderem exercer o seu direito de voto, foi transformada, amplificada e transmitida urbi et orbi como uma "grande manifestação de sportinguismo", "um sinal da vitalidade do clube", "uma resposta dos associados", "uma prova de democracia" [!!!], entre outros, para dar vazão à afluência de 19 mil associados, 4 mil votantes por correspondência, com o resultado a ser conhecido às 3 horas da madrugada [!], por comparação com as últimas eleições no outro lado da segunda circular, com 23 mil sócios, sem quaisquer minutos de espera em fila, a depositarem o boletim nas urnas que fecharam às 22 horas e o resultado a ser conhecido ainda antes das 23. Pecou por defeito Luís Filipe Vieira quando disse, sem mandar ninguém bardamerda, que o SL Benfica está 10 anos à frente da concorrência, 10 anos sim, mas 10 anos luz.
Pessoas que apoiam incondicionalmente Bruno de Carvalho depois de terem passado o dia inteiro mais a noite toda nas "redes", nas rádios, nas televisões, nos jornais, "é pá, o Trump... como é que é possível? os amaricanos e tal... está tudo maluco, são todos parvos?!".
[Imagem de Otto Stupakoff]
Justiça poética é os dois clubes que no final da época passado se uniram para "tirar a arbitragem da alçada do Benfica" serem agora os principais [supostamente] prejudicados pela nova arbitragem saída da aliança com o Diabo e todos contra o Benfica e apesar de só os burros falarem de arbitragem e da nova arbitragem registar melhorias elogiáveis e do novel Conselho de Arbitragem estar a fazer um bom trabalho.
Se fosse um qualquer ministro era "a promiscuidade entre o jornalismo e o poder político", como é o presidente do Sporting a passar spin, antigamente conhecido como agit-prop, com o nome de "coluna de opinião", duas páginas de jornal, do jornal até há meses entidade patronal de Nuno Saraiva, actual responsável pela comunicação do clube, e a usar léxico, construção gramatical e semântica até hoje desconhecidas no discurso facebookiano e demais flash interviews trauliteiras de Bruno de Carvalho nos finais dos jogos e entrevistas mal-amanhadas em telejornais – uma revelação que surpreendeu até os mais desligados destas coisas do pontapé-na-bola, está tudo bem e não vem daí grande mal, nem ao mundo nem ao jornalismo, não necessariamente por esta ordem.
[Imagem de autor desconhecido]
A primeira página de A Bola, terça-feira, 9 de Junho de 2015
[Via]
Fazer cartoons com o profeta Maomé? Pode.
Fazer cartoons com o Papa e Jesus Cristo na cruz, de todas as maneiras e feitios? Pode.
Gozar com o guarda-redes do Sporting Clube de Portugal e guarda-redes da Selecção Nacional [como Helder Postiga e Hugo Almeida são os pontas-de-lança, porque é o que temos, temos pena]? Não pode.
Não foi à toa que Marcello caetano foi longamente ovacionado de pé no estádio de Alvalade 15 dias depois do "golpe das Caldas" e um mês antes do 25 de Abril de 1974.
«Bruno de Carvalho furioso com Sagres» e «Liga de clubes admite rever relação com a Sagres devido a vídeo de Rui Patrício»
[Imagem "Marcelo Caetano ouviu Alvalade e convenceu-se que não havia revolução"]
Qual seria a reacção dos cidadãos se por exemplo, e à imagem do que acontece nos clubes de futebol, nas eleições legislativas um eleitor com 18 anos valesse um voto e um eleitor com 60 anos valesse 60 votos, e tudo fundamentado no mais tempo de nacionalidade [o que não implica mais tempo de cidadania]?
(Imagem de Helmut Newton)