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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 25.08.13

 

 

 

A menos que o dinheiro seja a custo zero ou, menos plausível ainda, que o benemérito e altruísta mercado ainda pague para comprar a dívida, pelos lindos olhos do senhor Coelho e do senhor Moedas, pelo look esmerado do senhor Sacadura, por amizade ao senhor Borges, e por amor ao próximo [não necessáriamente por esta ordem]:

 

"A razão do rácio da dívida mais elevado é porque temos ido ao mercado buscar dinheiro para amortizar uma dívida do passado"

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

|| Ainda havemos de chegar ao photo finish

por josé simões, em 13.08.13

 

 

 

Esta moda do crescimento e/ ou das perspectivas de crescimento serem medidas em décimas faz lembrar quando na Fórmula 1 as pole position se tornaram de tal forma difíceis de atribuir, ou quando no desporto os recordes mundiais se tornaram cada vez mais difíceis de bater, que houve a necessidade de se começar a medir por milésimos de segundo. Ainda havemos de chegar ao photo finish aplicado à economia para efeitos de propaganda governamental.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Como diz o povo, o que é que a gente faz a um gajo destes

por josé simões, em 22.07.13

 

 

 

Que se entretém a brincar com as palavras enquanto vai insultando a inteligência dos portugueses?

 

A dívida nacional atingiu os 127,2% do PIB, mas o Governo não tem culpa nenhuma, nada, 3 batidinhas com o nó dos dedos numa mesa com tampo de madeira e lagarto, lagarto, lagarto. Tudo se deve à maldita da flexibilização da meta do défice orçamental para este ano, que só foi flexibilizada porque o Governo falhou a meta. Mas isso agora não interessa nada logo, o Governo é inocente.

 

E depois ainda há os malandros dos portugueses que, ao não consumirem, não gastarem o seu rico dinheirinho, contribuem para a contracção da economia e para a diminuiição da receita fiscal. Uns 20% deles porque se encontram desempregados, outro milhão porque foi consumir para outras paragens por esse mundo fora, e depois os que por cá ficaram, uns porque viram o seu rendimento substancialmente reduzido por via do brutal aumento de impostos e do congelamento de salários, outros, porque com medo, se estão a guardar para um futuro incerto. Mas isso agora também não interessa nada, o Governo também é inocente.

 

Mas como os resultados alcançados têm sido excelentes, vai de insistir na receita, mais quatro vírgula sete milhões de cortes, e um Vítor Gaspar de saias nas Finanças, que já garantiu a continuidade das políticas. O Governo também não tem culpa de nada, obviamente.

 

O que é que a gente faz a um gajo destes?

 

 

 

 

 

 

 

|| É preciso mudar de paradigma, dizem “eles”

por josé simões, em 26.11.10

 

 

 

 

 

 

Se «menos pessoas conseguiram criar mais riqueza» com mais horas de trabalho e com «cortes do salário líquido mensal nominal», significa que há quem esteja a ganhar muito mais dinheiro e com muito menos encargos.

 

Mas como posso estar enganado vou esperar que os Medina Carreira deste país apareçam nas televisões a explicar que é "preciso mudar de paradigma" e que vivemos acima das nossas possibilidades e que é preciso trabalhar mais e produzir mais.

 

(Imagem A line-up of Bunny girls at the Playboy Club in 1963, Getty Images)

 

 

 

 

 

 

|| A imagem

por josé simões, em 05.05.10

 

 

 

 

O 28 da Carris, a bandeira nacional, um grupo de velhotes a jogar dominó no banco do jardim. Em voz-off ouve-se que «Bruxelas revê crescimento de Portugal em alta para 0,5 por cento este ano». Assim começou o telejornal das 13 na RTP 1.