|| Nineteen Eighty-Four
E do que é que o PSD e Paulo Portas estão à espera para impor um Patriot Act contra as indignadas e famélicas vítimas da austeridade?
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E do que é que o PSD e Paulo Portas estão à espera para impor um Patriot Act contra as indignadas e famélicas vítimas da austeridade?
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«Virou-se pró formigueiro, Mudem de rumo, Mudem de rumo, Já lá vem outro carreiro»
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Adenda: a contra-infromação
Povo de quase um milhão de desempregados malandros e calaceiros, levantai o rabo do sofá e ide trabalhar. Da boca para fora de uma cigarra-jota que até consegue abdicar dos direitos a que tem direito. Que falta de respeito.
Ver "Universitário de Verão", Capítulo I.
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O ministro Miguel Macedo que, mais rápido que a própria sombra, apareceu nas televisões a comentar as imagens, devidamente encomendadas e trabalhadas, da carga policial, recebeu ontem o relatório do processo de averiguações aos incidentes e, estoicamente, conteve-se a aparecer triunfante nas aberturas dos telejornais, para estar amanhã no Parlamento e a pedido.
Se pedirmos, educadamente, talvez comente o relatório à actuação provocatória dos infiltrados da polícia na escadaria da Assembleia da República, e as agressões, da parte de polícias à paisana, a cidadãos na Calçada da Estrela durante a greve geral de Novembro.
[Imagem de David Delahunty, via]
[Na íntegra o vídeo da carga policial no Chiado]
Diz que a China Three Gorges vai montar uma câmara de vídeo vigilância em cada candeeiro de rua e assim poupar trabalho, e dinheiro, ao ministro Miguel Macedo.
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Agora que se começam a conhecer os contornos do projecto PSD/ CDS para o Big Brother [pela mão do ministro Miguel Macedo], através da videovigilância e do uso da polícia como agente provocador, como forma de justificar a repressão do protesto nas ruas, recuperar aqui a intervenção do colectivo madrileño luzinterruptus:
«Los políticos están bajo sospecha, no sólo por parte de los ciudadanos que observamos estupefactos sus maniobras para intentar atajar una crisis de la que no paran de echarnos las culpas.
Pero en realidad, los que de verdad les mantienen bajo estricta vigilancia, son los mercados, cargados de un poder ilimitado que consigue derrocar gobiernos legítimos, para imponer en su lugar una raza de tecnócratas de pasado sospechoso, al servicio de la crisis.»
Nos idos de François 'Papa Doc' Duvalier no Haiti, e depois com o filho e herdeiro, Jean-Claude 'Baby Doc' Duvalier, a polícia [só] recebia uma farda, uma pistola e um cassetete. O resto era lá com eles.
"dotar as forças de segurança de um ambiente de serenidade e normalidade"
[François 'Papa Doc' Duvalier na imagem]
A blogosfera [a de Direita excluída] goleou o ministro. É por estas pequenas-grandes coisas que vai valendo a pena continuar a escrever umas linhas nos blogues.
Parabéns ao Câmara Corporativa que soube trazer o caso até às primeiras páginas dos jornais.
[Na imagem Cary Grant em North by Northwest]
Já não vou pelo sururu que esta gentinha fez por causa da deputada que tinha residência oficial em Paris. Era legal, mas não era moral, diziam. Se calhar a legalidade e a moralidade é contabilizada até ao limite máximo €1400, em low cost. Limito-me a recordar a campanha que esta gentinha [e a gentinha do cê dê esse camarada-de-coligação] fizeram durante a campanha eleitoral, por haver quem prefira continuar a receber o subsídio de desemprego em vez de aceitar um trabalho, muitos quilómetros fora da área de residência, “só” porque o patrão não paga subsídio de transporte e subsídio de residência.
Esta gentinha argumenta com a legalidade num caso de moral. E religião.
[Imagem de autor desconhecido]
Quando falam em situação «social explosiva e reivindicações salariais» quer dizer o quê nas entrelinhas? Quer dizer PCP, quer dizer CGTP, as únicas organizações com capacidade para mobilizar milhões nas ruas e paralisar as empresas e a economia, tudo o resto é folclore e espalhafato.
Triste [muito triste] é que, 37 anos passados sobre a revolução de Abril, a Direita ainda não ter percebido que os comunistas portugueses e a respectiva central sindical são os maiores respeitadores da ordem pública e do normal funcionamento das instituições. Se assim não fosse, no dia 25 de Novembro de 1975 tinha sido o caos total e, possivelmente, alguns dos que agora estão no Governo não estavam cá para contar como foi [se bem que ainda hoje não tenham percebido nada do que se passou], nem para tomar as medidas que agora tomam.
«Receio de uma situação social explosiva e reivindicações salariais levam Governo a isentar o MAI dos cortes previstos para todos os ministérios» [pdf]
[Na imagem o bronco que Ramalho Eanes chutou com o pé que tinha mais à mão para levar a cabo os sues intentos no dia 25 de Novembro de 1975]
O ministro determina que o director nacional peça ao super-sindicato à Ordem que investigue o que os super-sindicatos sindicatos já investigaram. No meio disto tudo só nós é que pagamos bilhete quando queremos ir à bola... Life goes on, que é como quem diz, tratar da vidinha.
(Obrigado)
Verdadeiramente surpreendente seria a preocupação sobre os critérios de escolha dos candidatos a deputados (a começar pelo próprio PS), sobre a falta de ligação dos deputados aos círculos eleitorais pelos quais foram eleitos, sobre a elaboração das listas e sobre a constituição dos grupos parlamentares. Assim parece mesmo o que é: arrumar de vez com os pequenos partidos (CDS/ PP, BE, PCP) e transformar o Parlamento num clube privado de “elite” para o PS e o PSD.
(Na imagem o cerco à Assembleia Constituinte em 12 de Novembro de 1975)
Ou nem todos ganham 15% acima do que deviam ou só ganhamos 5% acima do que devíamos ou como diz o povo “o exemplo vem de cima” e este é um exemplo do que aí poderá vir: apesar da medida não ter sido tomada a pensar nos funcionários em questão, o chefe decidiu que não fazia sentido que não fosse e aplicou-a arbitrariamente a toda a gente. Olha, queixem-se ao sindicato.
De uma “violência” desnecessária, que as palavras escritas não ilustram – é necessário ver as imagens – foi a resposta do Governo, pela voz de Vieira da Silva, ao denominado Plano B do PSD.
Miguel Macedo proferiu as palavrinhas mágicas: “corte das despesas do Estado”, e a opinião pública está mortinha por isso – oh se está! -, e não perceber isso, e não perceber que já não se tem maioria absoluta, é não perceber nada de nada.
Paz à sua alma.
(Imagem de autor desconhecido)