"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
"Árabes e Pretos fora!", assim de repente e abaixo de Coimbra, levávamos logo um rombo de 5 milhões de habitantes na população portuguesa; o "Europa aos europeus" é tão somente a falta de educação, a falta de escola, a falta de cultura e o "Portugal aos imbecis".
O movimento que se define como espontâneo, inorgânico, independente de partidos políticos e sindicatos, sem direcção conhecida ou membros filiados identificados, dos que se queixam de nem com gratificados o dinheiro lhes chegar até ao final do mês para pagar as contas e ainda comprar fardas e material de trabalho, aparece uma manif com centenas de t-shirts produzidas e com logo criado e desenhado por profissional, a empunhar faixas todas xpto com dizeres e palavras de ordem impressos "à la partido político", coisa barata ou como se houvesse um poço de petróleo debaixo de uma qualquer esquadra de polícia, enquanto desfila a fazer o símbolo da nova extrema-direita 'amaricana', o polegar em circulo com o indicador, em P de "Power", e a libertar o médio, anelar e mínimo num W de "White", White Power, prontamente adoptado pelos neo-fascistas europeus. Para o que é que serve o Serviço de Informações de Segurança?
Depois de lançada por Cavaco Silva como a next big thing para a liderança do PSD e bem-vinda por Luís Montenegro, porque faz falta, Maria Luís Albuquerque, a ministra das Finanças do governo da troika que se escondeu atrás do biombo do Banco de Portugal para fugir às responsabilidades do descalabro que foi a resolução do BES, acusa a esquerda de não assumir a responsabilidade de nada, na apresentação do livro de Gabriel Mithá Ribeiro, um dos escribas do jornal da direita radical tuga, Observador, que abre com uma dedicatória a Donald Trump, Jair Bolsonaro, Nova Direita e Povo de Israel e que na introdução enaltece a "profunda revitalização intelectual" levada a cabo por Steve Bannon, Jordan Peterson, Olavo de Carvalho, Roger Scruton ou Dinesh D' Souza, que rompeu "o cerco que trava a socialização da liberdade de expressão". Para os mais esquecidos este/ isto é o partido que pariu André Ventura, com a bênção de Pedro Passos Coelho, também presente no evento e que recebeu um agradecimento especial da parte do autor.
A extrema-direita joga o jogo democrático para, cumprindo as regras e respeitando as instituições do Estado de direito democrático, alcançar o poder e nele se perpetuar por via da suspensão das instituições, da mudança das regras, da criação de nova legislação para anular todo e qualquer laivo de oposição.
É uma doença – a doença do pensamento único dominante, e é a mesma doença que se manifesta de outras formas, a doença do "arco da governação" e do "sentido de Estado" – muito.
Se "a França está em choque com o resultado das eleições" quer dizer que a França não votou na Frente Nacional e que Marine Le Pen não ganhou a primeira volta das regionais?
Não é só de limpeza de casas de banho, de varrer as ruas e recolher o lixo, de lavar escadas e tratar de jardins, de lavar pratos e descascar batatas em hotéis e restaurantes que se trata. A selecção suíça de futebol sem imigrantes.
«The bad guys of this story are not hard to identify. The far-right Golden Dawn party (Chrysi Avgi in Greek) captures votes by using foreign migrants in the same way the Nazis used the Jews: as scapegoats for the frustrations, insecurities and hardships of today's Greek population. They blame Arabs, Asians and Africans (or 'subhumans' as they call them) for their country's dire lot. Accusing them of infecting Greeks with diseases and of turning the centre of Athens into a criminal jungle, young Golden Dawn militants hunt down foreigners in the streets, markets, parks and buses.
Golden Dawn are the bad guys, but it is not hard to grasp why they are now the third biggest party in the country, well on their way to becoming the second. At a time of awful confusion and uncertainty, they offer simple solutions to complex problems. Linked to neo-Nazi groups in Germany, they have learnt the populist lessons of the Hitler era. They magnify the danger posed by refugees and present themselves as the only true defenders of the people.
Few Greeks are unaware, for example, that there is a Golden Dawn phone number that pensioners can call to get a couple of party thugs to escort them to the bank to collect their monthly cheques, supposedly to provide protection from the dreaded foreign 'criminals'. It is unclear whether such a service actually exists, but it is clever propaganda and it reaches its target audience. Golden Dawn's most recent move was to set up an organisation called 'Doctors With Borders'. It offers, they say, a network of doctors willing to give free consultations – to natives only.»