"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Antes de noticiarem que a Coreia do Norte ficou sem internet por ter chamado a Obama uma coisa que toda a gente, Coreia do Norte e tudo, chamava ao W. Bush, deviam abrir parêntesis e informar também qual a percentagem de norte-coreanos que tem acesso à internet, Com um 'cadinho de esforço até conseguiam publicar o nome dos privilegiados e tudo.
Estas notícias que fazem hoje o pleno da imprensa mundial e que dão conta de que depois das ameaças de retaliação por parte dos amaricanos por causa dos medricas da Sony, cheios de miúfa, a net norte-coreana esteve em baixo durante 9 – nove – 9 longas horas [weeeee!!!], como se as pessoas do lado de fora da Coreia do Norte ficassem muito incomodadas por não poderem visitar os sítios de propaganda do camarada-gordo-num-país-de-magros, ou como se os magros do país do camarada-gordo tivessem sequer acesso à net, livremente, qual pessoa normal, ou até direito a ir rir e chorar ao cinema; como se os danos na imagem e na moral de um lado e do outro fossem comparáveis. Get a life.
«The colossal monument’s Soviet-influenced, Socialist realism style makes sense when you consider that it was built by Mansudae Overseas Projects, a division of North Korea’s government-run propaganda art factory.
Founded in 1959, Mansudae Art Studio employs around 4,000 North Koreans at its Pyongyang headquarters, 1,000 of which are artists handpicked from rigorous national institutions like Pyongyang University. These artists spend their days producing beautifully detailed propaganda, such as portraits of rosy-cheeked farm maidens, paintings of North Korea’s glorious countryside, and One Can Always Lose, a series of 10 paintings depicting North Korea’s 1-0 win over Italy during round one of the 1966 World Cup. All public images of Kim Jong-un, Kim Jong-il, and Kim Il-sung, including the enormous statues in Pyongyang, are the work of Mansudae artists.»
Não fosse a tacanhez de espírito e o sectarismo ideológico e tinham percebido a ironia de um post escrito em 4 minutos, incluindo os 30 segundos para descobrir uma imagem no Google.
Se os sintomas persistirem escrevo outro post a relacionar o título deste com a imagem do outro e os comentários na caixa.
Foi assim com os hippies nos 60s e com as ondas de choque no Portugal, sempre-uns-anos-atrasado-em-relação-ao-que-acontecia-lá-fora, nos 70s pós 25 de Abril, foi assim com as cristas moicano e os arrepiados do punk à "viste o senhorio?", foi assim com os cabelos estilizados e futuristas "Espaço 1999" da new wave, é assim com o cabelinhos à "foda-se" dos betos do CDS, prolongados até à idade da reforma até naqueles que nunca mais se reformam, ler "nunca deixam de andar a saltitar por aí", com excepção dos que vão ficando sem cabelo, era assim nos idos do velho de Santa Comba com quem ousasse ter um dedo mindinho de cabelo por cima da orelha a ser invectivado "vai cortar o cabelo guedelhudo!" nas portas das tabernas. O cabelo sempre foi uma forma de rebeldia e/ ou uma marca identitária e, apesar de o cabelo do camarada Grande Sucessor, filho do camarada Querido Líder, neto do camarada Grande Líder, ser cool e underground, digo eu que nem sou grande fã dos The Smiths, há cabelos e há cabelos e há que cortar veleidades pela raiz e passar o cabelo a ferro como faziam os palhaços Sigue Sigue Sputnik. Eu prefiro fazer coro no pop-samba, com guitarras à la Shadows [que já usavam cabelo à "foda-se" antes de haver CDS e como forma de rebeldia] e com laivos de ye-ye, de José Roberto: "Deixa meu cabelo em paz, Deixa meu cabelo em paz".
Trabalhos forçados, crianças a morrer de fome na beira da estrada perante a indiferença de transeuntes zombies e dos soldados que tratam da sua vida e da das suas famílias [vídeo].
Estes camaradas têm stand cativo em todas as festas do Avante!
Uma das particularidades das personagens do universo Disney é a ausência do Complexo de Édipo, pela inexistência de relações familiares directas, não há pais nem mães nem filhos, só tios e sobrinhos. Mais do que uma atracção fatal pelo capitalismo e pelo arqui-inimigo imperialista, que ainda assim mata a fome com as toneladas de ajuda alimentar, se calhar é por aí…
Na imagem "Kim Jong-un – Portrait of a Rat" by Pete Kirill]
«[…] desplegaron en instalaciones militares retratos del fallecido líder […], "en los que garabatearon inefables palabras difamatorias" sobre ellos, en lo que el régimen […] considera una "terrible provocación"»
E a "resistência à «nova ordem» imperialista" obriga a uma pausa na "frente anti-imperialista", para matar a fome ao povo, antes que a fome mate o povo, com ajuda proveniente do "capitalismo imperialista", que no fundo são uns corações moles, para depois então prosseguir com a "liquidação do capitalismo" [sem piedade] e com a "construção de uma nova sociedade sem exploradores nem explorados". Amém!