||| O Verdadeiro Artista
«[...] para negociações temos disponibilidade total, para encenações não somos o parceiro ideal»
[Imagem]
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
«[...] para negociações temos disponibilidade total, para encenações não somos o parceiro ideal»
[Imagem]
E Pedro Passos Coelho, quando mais cedo ou mais tarde vir o Governo chumbado na Assembleia da República pelos votos da esquerda parlamentar por via de uma qualquer moção de censura, vai apresentar a demissão por finalmente ter percebido que ganhando as eleições não ganhou coisíssima nenhuma?
[De Paulo Portas não se fala porque já sabemos o que a casa gasta]
[Imagem]
A direita que sabe fazer contas. Mito urbano.
Ou mentiam, as usual, ou não respondiam. Optaram pela segunda. «As 50 perguntas que o PS enviou ao Governo» [e que ficaram sem resposta].
[Imagem]
A televisão do militante n.º 1 resolveu encher as manhãs do Opinião Pública com entrevistas de rua sobre as negociações para a formação do novo Governo em directos de cidades como Viseu, Covilhã, Castelo Branco ou Lamego. "Os comunistas e o coise". "Os juros da dívida e os comunistas e o coise". "O Costa e o Bloco e os comunistas e o coise". "As nacionalizações e os comunistas e o Costa e o coise". "A NATO e o Bloco e os comunistas e o coise". "O investimento e o Costa e o Bloco e os comunistas e o coise". Surpreendentes entrevistas de rua em surpreendentes cidades do país, não porque as pessoas que aí moram e trabalham sejam mais ou menos surpreendentes que as outras que trabalham e moram noutros sítios e noutras cidades mas pela opção editorial da televisão do militante n.º 1 por cidades que no seu conjunto elegem menos deputados que cidades como Setúbal, por exemplo, onde as nacionalizações e os comunistas e o Costa e a NATO e o Bloco e os juros da dívida e o investimento e o coise não são óbice a nada, antes pelo contrário, além de ficarem incomparavelmente mais baratas em gasolina e portagens para a reportagem. O problema do directo ia ser mesmo o coise e a relação das pessoas com o coise...
Mito urbano. A direita que sabe fazer contas:
«[...] ausência de fornecimento por parte do governo e da coligação de informação indispensável ao suporte financeiro das medidas que apresentaram e que é indispensável para podermos avaliar da consistência e da credibilidade do exercício que nos é apresentado.» [A partirt do minuto 02:49]
[Imagem]
[Via]
Ou se fazem de desentendidos ou lançam biscas para o ar para ver se pega ou ambas. Numa democracia parlamentar as eleições servem para aferir a representatividade dos partidos e o facto do PSD e do CDS concorrerem coligados às eleições para o parlamento e o facto de terem um acordo de Governo não aquece nem arrefece para efeitos de chamada a formar Governo pelo Presidente da República se... por exemplo o PS for o partido com o maior grupo parlamentar, uma vez que as coligações terminam no dia seguinte ao acto eleitoral e depois cada partido vale por si e seja qual for o resultado das eleições de 4 de Outubro no dia 5 não passa a haver uma partido PàF por muita vontade, e muito engenho, que os partidos que constituem a PàF tenham para fazer malabarices com os resultados das eleições.
Depois do problema com o Estado de direito [Tribunal Constitucional], esta direita tem um problema com a democracia parlamentar representativa.
«Tenho alguma estranheza como é que o povo português levou pancada durante quatro anos e está disposto a manter a confiança num governo que cortou salários, pensões, reduziu a concertação social a um diálogo de surdos, bloqueou a negociação colectiva, mesmo que se diga que foi por imposição do FMI».
«UGT estranha sondagens favoráveis à coligação depois de "quatro anos de pancada"», a UGT não estranha o contributo inexcedível dado pela UGT e pelo camarada João Proença, com responsabilidade e 'sentido de Estado', para que durante quatro anos o povo português fosse um saco de pancada.
[Imagem]
O Jornal das 7 na televisão do militante n.º 1, a SIC Notícias, ao 10.º dia da campanha eleitoral para as eleições Legislativas de 2015:
A coligação a jogar em casa, a coligação no Cavaquistão. A coligação no Cavaquistão que já não é o Cavaquistão mas o Passistão, de Passos, quem o disse foi o presidente da Câmara, eufórico com a recepção do pagode na rua. A coligação no Passistão que nem chegou a ser o Passistão para ser logo o PàFistão, de PàF, onde o PSD sempre dominou mas onde o CDS sempre teve o seu nicho de mercado, quem o disse foi Paulo Portas a pôr-se em bicos dos pés para parecer ser gente. E blah-blah-blah, e blah-blah-blah, Portugal! Portugal! e tal.
"A arruada já lá vai em direcção à ultima acção de campanha do dia, um grande jantar comício, estamos em Viseu e por isso é de esperar uma grande mobilização para esta noite [...].
Numa altura em que passou a comitiva da coligação nesta arruada e há aqui várias pessoas que estão [atrapalhado] aaaaa... zangadas e que estão aaaaa... lançar alguns insultos a Pedro Passos Coelho e a Paulo Portas..." diz o repórter no terreno, no Cavaquistão-Passistão-PàFistão.
"Obrigado Pedro, vamos naturalmente estar atentos aquilo que será o desenrolar da campanha da coligação no terreno" e corta a emissão, o de Lisboa.
Sondagens de rua [Capítulo I]
[Imagem]
«- Vamos cortar a sua pensão novamente, está bem? - Quê? - A sua pensão, vai receber menos! - Quê? - Prazer, bom dia!» [legenda roubada aqui]
Ele, que acredita em Deus e na Nossa Senhora de Fátima e é obediente à Santa Madre Igreja, a menos que compre indulgências, quando morrer vai parar ao Inferno por se aproveitar da fé dos outros e insultar a boa-fé de cada um.
Francisco Pinto Balsemão desce a Cascais no último dia de campanha em apoio da coligação PSD/ CDS, depois de pagar a avença semanal a Luís Marques Mendes, que subiu ao palanque da coligação de direita na quarta-feira em Coimbra, para comentar a campanha eleitoral na televisão do militante n.º 1, aos sábados e em horário nobre, "com a independência que me é reconhecida" [sic].
[Imagem]
"- (...) Estamos a realizar uma Sondagem para a Universidade Católica e a Sra. foi seleccionada. Quer responder? (...) Em que força política votaria hoje em eleições legislativas?
- Voto no Livre/Tempo de Avançar.
- Desculpe, que partido é esse?
- Está a entrevistar-me telefonicamente e não sabe (...)?
- É o da Ana Drago, não é? Diga-me por favor: há mais alguém aí em casa, disposto a participar na sondagem?
- Há sim. Vou chamá-la. [Não havia, de facto, mas a nossa companheira quis ver até onde iria a coisa... tendo disfarçado a voz].
- Boa noite.
- Boa noite. Quer participar na sondagem da UC? (...) Em quem votaria se as eleições legislativas se realizassem hoje?
- Voto no Livre.
- Mas aí em casa votam todos no mesmo?! Obrigado pela participação e boa noite."
[Aqui]
[Imagem "Three Girl Pyramid, 1957", Lewis Hine]
[Imagem]